O prejuízo milionário deixado por uma cerealista em Tapejara, Região Norte do Rio Grande do Sul, começa a ser quitado. Credores e agricultores aceitaram um plano proposto de pagamento das dívidas em um prazo de 15 anos. O acordo ocorreu em assembleia realizada na cidade.
Mais de 400 agricultores participaram da votação, e 59% aceitaram receber o valor de bens bloqueados no processo, e principalmente a quantia de aluguéis de armazéns da empresa, acumulados em R$ 6,9 milhões, que serão divididos entre vários credores e produtores, de acordo com percentual de dívidas.
Esse valor, no entanto, equivale a cerca de 10% do total do prejuízo. Cerca de R$ 1,5 milhão deve ser destinado aos 700 agricultores lesados. O restante da dívida deve ser abatida ao longo dos 15 anos acordados, com a rentabilidade dos alugueis.
Juntos, os agricultores somam mais de R$ 60 milhões em prejuízos. A empresa recebia grãos dos agricultores, mas também negociava além da lavoura. Funcionava como uma financeira irregular, oferecendo rendimentos mais altos que o mercado.
Advogados que representam a Cerealista Planalto não foram autorizados pelo proprietário a conceder entrevistas.
Pequenos agricultores, como Natálio Vitalino Guerra, foram prejudicados.
- O milho que era para minha criaçãozinha, minhas vaquinhas – lamenta.
Fonte: G1