As perdas financeiras provocadas pela estiagem no Rio Grande do Sul deverão apresentar um prejuízo aos produtores estimado em R$ 36,14 bilhões. É o que informa o segundo levantamento realizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), considerando os números que foram divulgados até o momento. A Emater-RS também divulgou um levantamento para mostrar quantas propriedades foram afetadas pela seca no estado.
O impacto na soja causado pela estiagem é de R$ 29,51 bilhões no Valor Bruto da Produção (VBP), enquanto que no milho este valor já é de R$ 6,62 bilhões. O estudo ainda considera que o efeito dominó na economia gaúcha, considerando que a matriz insumo-produto, para cada R$ 1 gerado da porteira para dentro, outros R$ 3,29 serão gerados nos demais setores que atuam fora da porteira devido a este ganho de safra, pode chegar a R$ 115,67 bilhões só considerando a quebra nas duas culturas.
A metodologia de cálculo utilizada pela FecoAgro/RS considerou a expectativa inicial de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi aplicado o percentual de perdas divulgado nesta semana pela Rede Técnica Cooperativa (RTC), que consultou 23 cooperativas parceiras da rede até o dia 22 de janeiro, considerando também o preço médio recebido pelo produtor em janeiro de 2022.
Segundo os dados da Rede Técnica Cooperativa (RTC), a quebra de safra de soja devido à estiagem é de 48,7%, sendo que em algumas regiões as perdas ultrapassam os 70%. Já no milho, as estimativas apontam para uma perda de 70% das lavouras segundo a FecoAgro/RS.
No levantamento anterior, realizado em 4 de janeiro, os números eram de 59,2% no milho e 24% na soja, com impacto financeiro de R$ 5,41 bilhões e R$ 14,36 bilhões respectivamente, totalizando R$ 19,77 bilhões. A produção inicial estimada pelo IBGE, contabilizada nos cálculos, era de 20,95 milhões de toneladas na soja e 6,09 milhões de toneladas no milho. As informações partem da assessoria de imprensa da FecoAgro/RS.
Fonte: Canal Rural