A China importou em 2015 um volume recorde de milho e substitutos do grão, incluindo grãos secos de destilaria (DDGS, na sigla em inglês) e sorgo, guiados por preços mais baixos no exterior, mas as importações este ano podem cair mais de 50 por cento, disseram operadores e analistas.
A China importou um recorde de 6,82 milhões toneladas de grãos secos de destilaria em 2015, um aumento de 26 por cento ante o ano anterior, disseram autoridades alfandegárias nesta terça-feira, com as usinas de ração substituindo o milho doméstico, mais caro, por grãos secos de destilaria mais baratos.
No entanto as importações de DDGS para a China, a maior compradora do grão no mundo, um subproduto do etanol de milho, devem cair mais de 50 por cento este ano. Pequim lançou uma investigação durante um ano sobre as importações dos Estados Unidos, o maior exportador de DDGS, o que deve limitar as compras chinesas, disseram analistas.
- Quase não haverá importações a partir de abril. Não soubemos de quaisquer negócios fechados recentemente – disse um operador de um grande comprador chinês na província de Shandong, no Norte do país.
No entanto, a China, segundo maior consumidor de milho do mundo, está planejando reformar seus preços. O país deixará o mercado decidir seus preços domésticos do milho, para ajudar a limitar o aumento das importações do país e o nível recorde de reservas estatais, disse uma autoridade sênior do governo na segunda-feira.
- Os preços no exterior para o milho e substitutos são menos competitivos, enquanto o controle do governo sobre as permissões de importações pode reduzir as importações em um terço ou metade este ano – disse Li Qiang, analista chefe da JC Intelligence Co, de Shanghai.
Fonte: Reuters