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PREÇOS DO LEITE

Os preços de referência anunciados pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite) para este mês de fevereiro evoluíram. O Conseleite projetou os valores do leite padrão no mês de fevereiro, registrando aumento de 2,4%, passando para R$ 0,9777. O leite acima do padrão ficou em R$ 1,1244 e, abaixo do padrão, R$ 0,8888.

O vice-presidente do Conseleite e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC) Adelar Maximiliano Zimmer observa que as margens do produtor foram comprometidas ao longo de 2015 devido aos baixos preços praticados.

Há no mercado uma expectativa de aumento dos preços em razão da conjugação de vários fatores, como os problemas climáticos no fim de ano no sudeste, centro-oeste e sul, a elevação dos custos com ração ao longo de 2016 decorrentes das projeções (mercados futuros) que apontam para alta de 16% para a soja e 34% para o milho.

Zimmer lembra que os produtores de leite precisaram desembolsar mais recursos, em 2015, para a reforma de áreas de pastagem e silagem, insumos utilizados na alimentação das vacas. O primeiro item teve custo acrescido em 10% na comparação com o ano anterior, enquanto os gastos com o segundo insumo subiram, em média, 11% nas principais bacias leiteiras no País, em relação a 2014.

Essas informações foram levantadas pelo Boletim Ativos do Leite, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a partir de levantamentos de custos de produção realizados nas principais regiões produtoras de leite do Brasil: Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia e São Paulo. As maiores elevações no custo da reforma das forrageiras perenes nas pastagens e a manutenção foram observadas no Rio Grande do Sul (17,8%), Minas Gerais (12,9%) e Paraná (12,1%). Já o custo da produção de silagem, muito usada para substituir o pasto em períodos de estiagem, subiu principalmente no Paraná (19,1%), Minas Gerais (12%) e Santa Catarina (10,6%).

Os motivos que mais pesaram na silagem foram o aumento de demanda e a valorização do milho, principal componente deste insumo. Este item representa aproximadamente 15% do custo operacional efetivo (COE), que engloba as despesas rotineiras da atividade leiteira. É o terceiro que mais pesa nos custos de produção do leite, atrás apenas dos concentrados e da mão de obra.

- Com certeza os preços praticados pelas indústrias na aquisição da matéria-prima leite dos produtores rurais subirão, mas, os custos acompanharão essa escalada – resume o vice-presidente regional da FAESC.

Fonte: Faesc



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