A inflação ao produtor acelerou de 0,12% em maio para 0,31% em junho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado no ano, o índice chega a 2,93%, contra 2,62% em maio. O acumulado em 12 meses foi para 6,56%, acima dos 6,06% de maio. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.
Segundo Manuel Campos Souza Neto, técnico de Índice de Preços ao Produtor do IBGE, o resultado de 6,56% do acumulado de 12 meses, em comparação com o mesmo período no ano anterior, “é o maior valor do IPP desde maio de 2014”, quando também registrou 6,56%.
Ainda de acordo com o especialista do IBGE, os setores de metalurgia, alimentos e veículos automotores têm peso de quase 40% do IPP.
- Eles estão abaixo da média e ajudaram a segurar esse 0,31% do IPP – afirmou.
Em junho, na comparação com o mês anterior, 15 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, com destaque para outros produtos químicos (4,35%), metalurgia (-3,56%), papel e celulose (2,74%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,73%).
Em termos de influência, na comparação mensal, sobressaíram outros produtos químicos (0,47 ponto percentual), metalurgia (-0,29 p.p.), papel e celulose (0,10 p.p.) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,07 p.p.).
Fonte: G1