O presidente da Comissão do Trigo da Farsul, Hamilton Jardim, acredita que o novo preço mínimo do grão terá impacto negativo no momento do produtor decidir sobre o plantio da próxima safra.
O Conselho Monetário Nacional aprovou correção de 5% no preço mínimo do trigo, passando de R$ 31,86/60 kg para R$ 33,45/60 kg, o que corresponde a R$ 557,50/tonelada, para a classe Pão, tipo 1, na região Sul. Foram também definidos os preços mínimos para sementes de aveia, cevada e triticale, com reajuste médio de 14,55%, e ainda novos valores para aveia, canola, cevada, girassol e triticale.
Hamilton Jardim lamentou que o reajuste seja três vezes maior para os demais grãos de inverno.
“Para o trigo, nem repõe a inflação do período. Tínhamos pedido 17% para pelo menos empatar com o aumento no custo de produção. O reajuste representa 30% do nosso pedido. O produtor terá que colher 55 sacos por hectare para empatar com o custo e na última safra, com excelente produtividade, foram colhidos 50 sacos. O cenário é de desestímulo para a nova safra”, ressaltou Hamilton.
Segundo ele, a comercialização está fluindo bem no momento porque a Argentina não está vendendo para o Brasil todo o trigo previsto.
“Quem tem trigo segregado está conseguindo até R$ 40,00/60 kg”, destacou Hamilton Jardim.
A Farsul está realizando campanha pela segregação do cereal considerado um diferencial para remuneração do grão.
Fonte: FARSUL