O preço do suíno vivo mantém a trajetória de queda e a situação afeta o poder de compra do criador. A informação foi divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com os pesquisadores, a desvalorização do animal tem sido mais intensa que a dos principais insumos usados na atividade, como o milho, um movimento que tem sido verificado desde março.
Comparando os indicadores do próprio Cepea, em São Paulo, por exemplo, de 2 de março até 16 de abril, o preço do suíno caiu 9,74%, de R$ 3,49 para R$ 3,15 o quilo. No mesmo período, o milho, com base no indicador da média de negócios no mercado físico, caiu 6,47%, de R$ 28,77 para R$ 26,91 a saca de 60 quilos.
A maior queda no suíno vivo nesse período é registrada em Minas Gerais, de 12,19%. A cotação foi de R$ 3,69 para R$ 3,24 o quilo. Depois aparece o Paraná (-10,67%), onde o preço caiu de R$ 3,28 para R$ 2,93 o quilo.
No Rio Grande do Sul, a desvalorização é de 6,34%, de acordo com o Cepea. A cotação caiu de R$ 3,15 para R$ 2,95. Em Santa Catarina, foi de R$ 3,25 para R$ 2,99 o quilo, uma baixa de 8% em um mês e meio.
- Esse cenário vem reduzindo o poder de compra de produtores de suínos, comparando-se a parcial de abril com o mesmo período do ano passado – diz a nota do Cepea.
De primeiro a 16 de abril de 2014, os indicadores da instituição mostravam queda nos preços do animal vivo na maior parte das regiões. No entanto, eram bem menores que as atuais. Em São Paulo, por exemplo, a desvalorização era de 0,27% na época enquanto em abril deste ano, a baixa é de 5,12%.
Considerando o valor médio do mês até o dia 16, nesse período em 2014, o valor de um quilo do suíno vivo equivalia a 7,09 quilos de milho. Neste ano, o mesmo peso equivale a 6,95 quilos de milho. Uma queda, segundo o Cepea, de 2% no poder de compra no mercado paulista.
No Paraná, o suíno vivo caía 3,25% no ano passado. Em abril deste ano, a baixa é de 6,08%. Em Santa Catarina, o Cepea registrava alta de 0,62% na primeira metade do mês de abril de 2014. A situação atual é de queda de 4,47%.
No mesmo período, o milho, que registrava estabilidade em abril do ano passado, agora tem desvalorização de 6,56% de acordo com o indicador de mercado físico da instituição.
Fonte: Globo Rural
Foto: Rogério Albuquerque/Ed. Globo