A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está adiantada. A previsão é de uma safra melhor em relação ao ano passado. Segundo a Confederação Nacional de Agricultura e Abastecimento (Conab), a safra nacional do grão deve chegar a 12,15 milhões de toneladas. Houve um pequeno crescimento de 0,2%.
As colheitadeiras avançam pelas lavouras de arroz do Rio Grande do Sul. Nesta safra, agricultores cultivaram 1,13 milhão de hectares com o cereal, distribuídos em 83 municípios.
Em Uruguaiana, cidade que faz fronteira com a Argentina, o produtor Décio Detone cultivou uma área de 800 hectares com o cereal. Até agora, 70% dos grãos já foram colhidos na propriedade.
- A colheita esta transcorrendo em ritmo normal, inclusive mais rápido que a gente mesmo poderia imaginar – diz Detone.
Os agricultores aproveitam os dias de sol para acelerar os trabalhos. O medo é de que as chuvas retornem e prejudiquem a produção, como em janeiro deste ano.
- Sempre existe o risco de uma chuva com vento forte de granizo. Então, o quanto antes o produtor conseguir retirar o arroz da lavoura, melhor”, diz o agrônomo da Emater João Carlos Batassini.
Mesmo com os obstáculos, como o excesso de chuva no plantio e a cheia na fase de desenvolvimento dos grãos, a expectativa é de uma boa safra. Um levantamento da Emater mostra que 8,6 milhões de toneladas de arroz devem ser colhidas nas lavouras gaúchas, com aumento de 3% na produção em relação ao ano passado.
De acordo com o Irga, o preço da saca de 50 quilos de arroz varia de R$ 35,00 a R$ 37,00. Esse valor deixa os produtores preocupados devido ao aumento de custos como luz e combustível.
- Um custo de produção médio de R$ 38,00. Então, isso é preocupante porque há um descompasso. O produtor que está preocupado porque tem que fechar as contas – diz Ivo Mello, coordenador regional do IRGA.
Fonte: Globo Rural