Um mercado global mais aquecido e a expectativa de um consumo recorde nas safras 2015/2016 e 2016/2017 ditaram o ritmo dos preços internacionais da soja na última semana. É o que informa, nesta segunda-feira (18/7), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
- Além disso, previsões de clima quente e baixo volume de chuva nos EUA para as próximas semanas, quando as lavouras entram em importante fase de desenvolvimento, também influenciaram as altas – informam os pesquisadores.
No mercado brasileiro, entre os dias 8 e 15 de julho, o indicador do Cepea, com base no Porto de Paranaguá (PR), teve alta de 1,7%, fechando R$ 89,17 a saca de 60 quilos. A referência com base na média de negócios no Paraná subiu 1,6% no período, chegando a R$ 84,42 a saca.
No entanto, o efeito dessas altas da semana passada sobre os preços internos foi limitado, segundo a instituição. A desvalorização do dólar em relação ao real desfavorece as exportações do grão e inibe negócios. Vendedores estão retraídos e compradores demonstram certa apreensão com os preços, afirmam os pesquisadores.
A elevação nos indicadores da última semana ainda não foi suficiente para reverter a baixa acumulada neste mês. Até a última sexta-feira, o indicador do Cepea base Paranaguá tinha queda de 3,09%. A referência baseada na média do Paraná caiu 2,72% até o dia 15. Ainda assim, as cotações se mantêm em nívels considerados elevados, variando entre R$ 84 e R$ 90 a saca de 60 quilos.
Fonte: Globo Rural