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PREÇO ALTO DO MILHO NO BRASIL FAZ TRADING CANCELAR CONTRATOS DE EXPORTAÇÃO

O número de terneiros comercializados nos remates de outono neste ano — 31.587 terneiros — é o menor desde 2011, quando o Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler) iniciou o levantamento. Em relação a 2015, a redução foi de 23,96%. Na temporada atual, foram vendidos 58.690 animais, incluindo também terneiras (17.201), vaquilhonas com 24 meses (6.001) e vaquilhonas com mais de 24 meses (4.081).
De acordo com Jarbas Knorr, presidente do Sindiler, não há uma explicação única para a retração das vendas. Neste ano, a comercialização de terneiros para outros Estados para confinamento, principalmente no Centro-Oeste, e as vendas diretas nas propriedades impactaram na oferta de animais. Mas há outros fatores que impactam no setor.
— A situação política e econômica prejudica, assim como os financiamentos bancários com juros mais altos e a maior exigência na concessão de crédito — detalha o presidente do Sindiler.
Além disso, nesta temporada a maior incidência de chuva prejudicou a formação de pastagens, principal alimento do gado. Com menos comida, o animal come menos e tem peso menor.
Custos aumentaram mais que valor da carne
O valor médio por quilo do terneiro foi de R$ 6,16, enquanto em 2015 foi de R$ 6,04. Já os custos aumentaram, como arrendamentos, juro bancário e ração.
— Estávamos preocupados, tivemos queda nos preços se considerarmos a inflação. O ideal seria próximo a R$ 6,50. Apesar das agruras, considero muito bom o resultado deste ano — afirma Knorr.
O presidente do Sindiler lembra que desde 2011 o preço médio nominal está crescendo. Ele credita este aumento à melhoria genética, padronização das carcaças e qualidade do gado produzido no Rio Grande do Sul.
Venda direta valorizada
A venda direta na propriedade, que vem concorrendo com os remates de outono, é a opção das pecuaristas Cláudia e a mãe Maria José Scalzilli, das estâncias do Retiro, de Cacequi, e Las Marias, de Bagé. Com experiência que perpassa gerações, as produtoras colocam anualmente à venda mil exemplares de angus e brangus – e vendem todo o plantel.
— A qualidade fala por si, o comprador que conhece o que é bom, paga mais para ter o melhor. E, para irmos à feira, teríamos que ter mais terneiros, já que vendemos todo o plantel — explica Cláudia.
Segundo ela, neste ano a média por quilo vivo ficou em R$ 6,30, com peso médio de 195 quilos. Todo o gado foi comercializado para a Estância Santa Luzia, de Bagé.
— O produtor que atender à demanda por carne diferenciada tem mercado — diz Cláudia.
Como forma de qualificar a produção, Cláudia exemplifica que na propriedade foram adotados marcadores moleculares, que mapeiam as características genéticas das novilhas. Com o resultado, buscaram exemplares para melhorar a área de olho de lombo, já que o animal com maior qualidade tem mais carne justamente no lombo, junto à coluna vertebral.
Fonte: Zero Hora

Fonte: Canal do Produtor



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