O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) divulgou, na quinta-feira (18/6) um alerta sobre a identificação da planta daninha Amaranthus palmeri em lavouras do estado. A planta é um tipo de caruru com origem em regiões áridas do norte do México e centro sul dos Estados Unidos.
A instituição emitiu uma nota técnica alertando sobre os riscos e orientando sobre detalhes de como a planta pode ser identificada. De acordo com o IMAmt, a ocorrência da praga foi registrada na região Centro-norte de Mato Grosso durante extensão realizada em 2014. É o primeiro relato da presença no Brasil da praga que é considerada a mais danosa aos algodoais norte-americanos.
A identificação ocorreu a partir da coleta de plantas que não foram controladas por herbicidas. As amostras coletadas não apresentaram reação ao glifosato e apresentaram características típicas da Amaranthus palmeri. Depois de permanecerem nos vasos até a fase adulta, uma nova avaliação confirmou serem da espécie.
De acordo com os pesquisadores, além do algodão, a praga pode aparecer em lavouras de soja e milho. A perda de rendimento podem chegar a 77%, 79% e 91%, respectivamente. A planta se caracteriza pela reprodução rápida e possível mesmo sem polinização. Além disso, encontra ambiente propício em locais de clima quente e já demonstrou resistência a herbicidas e inibidores, o que torna seu manejo mais difícil.
Entre as recomendações dos técnicos para controle da praga, estão a eliminação de todas as plantas identificadas; aplicação de herbicidas; monitoramento frequente, arrancando as plantas remanescentes; controle de locais da fazenda, como áreas não cultivadas e e acesso à propriedade; e limpeza de todo o maquinário.
Fonte: Globo Rural