O Brasil tem capacidade para produzir 10 bilhões de litros de etanol de segunda geração (2G) até 2025, de acordo com projeções de um estudo feito pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Os dados foram divulgados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que contribuiu com o projeto.
Conforme o relatório, esse volume de produção só será alcançado
- Desde que haja investimentos na adaptação e construção de novas unidades industriais e um ambiente regulatório ajustado às circunstâncias e necessidades deste segmento – falou.
De acordo com o estudo, são necessárias expansão na moagem de cana, modernização (retrofit) das plantas fabris e construção anual de 10 unidades exclusivamente voltadas ao biocombustível celulósico a partir de 2020.
No curto prazo, somente com o retrofit em 81 usinas em operação, seria possível produzir 5 bilhões de litros de etanol 2G até 2025. Em termos de capacidade instalada, o mercado mundial de etanol celulósico é liderado pelos Estados Unidos, que têm 34% de participação (490,37 milhões de litros), seguidos de China, com 24% (340,19 milhões de litros); Canadá, com 21% (303,45 milhões de litros); Brasil, com 12% (177,34 milhões de litros); e União Europeia (UE), que detém 9% (130,83 milhões de litros).
No total, a capacidade de produção mundial em 2015 atingiu 1,4 bilhão de litros, de acordo com a UNCTAD. Para a assessora sênior da Presidência para Assuntos Internacionais da Unica, Geraldine Kutas, o estudo apresentado pela UNCTAD é bem fundamentado.
- Além de trazer números que demonstram claramente o atual cenário mundial da produção de etanol 2G, o documento também propõe medidas inerentes ao sucesso deste projeto, tanto pelo lado da iniciativa privada quanto pela esfera governamental – explicou a executiva, em nota.
Fonte: Globo Rural