Em meio a discussão se o Paraná está preparado para requisitar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), iniciou, no último dia 1º, a segunda etapa anual da campanha de vacinação contra a doença. A meta é vacinar as 9,15 milhões de cabeças do rebanho estadual de bovino e de búfalos de todas as idades (mamando a caducando). Na última campanha, em maio, foram vacinados os animais de zero a 24 meses de idade e o índice de vacinação atingiu 97%.
A campanha segue até o dia 30 de novembro. Nesta etapa, a fiscalização por parte da Adapar será maior por conta da contratação de novos servidores, oriundos de concurso público. Além disso, a Adapar está revitalizando os 33 postos de fiscalização existentes nas fronteiras com os estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo – Santa Catarina já conta do as estruturas. Cinco estão em processo de licitação para construção de unidades novas. O objetivo é aumentar a fiscalização do trânsito interestadual de animais.
Após a aplicação, o produtor tem duas forma de comprovar a vacinação. A primeira, e ainda mais usual, é preencher o comprovante de vacinação, relacionando a quantidade de animais existentes na propriedade e de animais vacinados, por sexo e por idade e depois entregar nas Unidades Locais de Sanidade Agropecuária da Adapar. A outra, on-line, é realizando o mesmo procedimento no endereço eletrônico: www.adapar.pr.gov.br.
Multa
Ao final do prazo da campanha, o produtor que não vacinar será autuado e poderá ser multado. Para quem tem até 10 cabeças na propriedade, a multa será de R$ 799. Acima desta quantidade, a multa será de R$ 79,90 por cabeça não vacinada
Discussão
No início do ano, o governo estadual chegou a anunciar que a etapa de vacinação em maio seria a última, pois iria pleitear junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a conquista do status de área livre da doença sem vacinação.
A medida dividiu opiniões em diversos elos da cadeia produtiva em função dos riscos de reaparecimento da doença até o impacto econômico em feiras agropecuárias. Na ocasião, representantes da Seab declaram que a conquista do reconhecimento internacional é o primeiro passo para a abertura de mercados maiores e mais rentáveis à proteína paranaense.
Fonte: Gazeta do Povo – 06/11/2015
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