A época atual é importante no calendário agrícola, pois é o período indicado para efetuar as podas das frutíferas, como as rosáceas (pêssego, ameixa/flauma), uva e citros (laranja-umbigo e as bergamotas montenegrina e ponkan).
Independente do pomar ser voltado para fins comerciais ou para consumo doméstico, o técnico em agricultura do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Alex Davi Gregory, salienta que é muito importante realizar a poda das frutíferas.
- O procedimento evita a produção excessiva, responsável por frutos pequenos e de baixa qualidade – frisa, acentuando que a poda de inverno também controla o comprimento dos galhos – como a tendência da árvore é emitir força para as pontas, isso distribui a energia e facilita os cuidados e a colheita.
Em todas as frutíferas podadas, quando retira-se os galhos mais grossos, evita-se a penetração de doenças com a aplicação, no toco, da calda bordalesa à base de cobre. Ela auxilia na cicatrização do corte dos galhos ou ramos.
Demonstração
Na tarde desta sexta-feira, 11, o engenheiro agrônomo e chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Vicente Fin, realizou a demonstração de podas em pêssegos e figos na propriedade de Robério Krammes, em Linha Travessa.
Krammes tem plantados 300 pés figo da variedade vermelho Valinhos, e esta foi a primeira poda de formação e de condução e a fruta é uma agregação de renda e diversificação da propriedade, que é voltada à produção de hortifrutigranjeiros, que são comercializados duas vezes por semana na Ceasa em Porto Alegre. Krammes tenciona a partir do próximo, aumentar a área de pêssego pois, segundo ele, é uma fruta que tem muito boa aceitação, tem mercado sempre e venda garantida. Por enquanto, tem plantado somente alguns pés que são voltados para o consumo próprio.
Outras variedades
No caso do pêssego, para podar as variedades de ciclo tardio, cujos frutos irão amadurecer em dezembro, Gregory orienta que pode-se efetuar a poda ainda em agosto. Aquelas cuja frutificação ocorre nos meses de outubro e novembro devem ser desgalhadas agora. É importante fazer o corte quando a gema (broto da flor) estiver inchada.
Tanto nos pessegueiros quanto nos pés de ameixa, elimina-se os galhos secos, com rachaduras ou doentes. Também se corta os galhos centrais, para facilitar a infiltração da luz do sol. Quando há ramos sobrepostos, são retirados os que concorrem com os mais altos, onde a incidência de raios é maior. Os pessegueiros e as ameixas devem ser semelhantes a uma taça, com apenas três pernadas (galhos principais, que partem do tronco).
- Esta forma é obtida com podas especiais nos primeiros quatro anos de vida da árvore – observa.
Nos citros, Gregory salienta que a poda é semelhante, porém menos radical. Retira-se os galhos doentes e os excessos, mas no máximo duas pernadas do centro.
- Abrindo caminho para os raios solares, o produtor obterá frutos mais doces – destaca.
Fonte: Folha do Mate