A consultoria INTL FCStone elevou a sua estimativa para a área plantada de algodão na safra 2017/2018 do Brasil para 1,183 milhão de hectares, ante 1,129 milhão de hectares previstos em outubro. O novo número representa aumento de 26% em relação ao ciclo 2016/2017.
“A revisão decorreu da perspectiva positiva dos produtores nacionais para o ano-safra, em virtude da conjuntura atual dos preços internacionais e das condições de solo e clima favoráveis durante a semeadura do algodão”, apontou a consultoria, em relatório.
O destaque foi o aumento de 62 mil hectares na previsão de área plantada em Mato Grosso, principal produtor, em relação à projeção de outubro. A área no Estado deve superar em 25% a observada em 2016/2017.
“A entrada de novos cotonicultores no mercado, em virtude da maior rentabilidade da cultura perante o milho safrinha, aliada à ampliação da área cultivada por produtores antigos, foram os principais fatores para a expansão”, disse a FCStone.
A consultoria também elevou a estimativa de plantio na Bahia, de 262 mil hectares para 268 mil hectares. O número atualizado representa aumento de 33% ante a temporada 2017/2018, segundo a FCStone. O avanço é consequência da produtividade recorde registrada no último ano-safra e do fim da isenção do ICMS sobre a produção de algodão no Tocantins, atraindo os cotonicultores tocantinenses para o oeste baiano devido a incentivos fiscais, conforme a consultoria. A FCStone prevê que a área plantada de algodão no Tocantins recue 42% na comparação com 2016/2017, para 2,8 mil hectares. Em outubro, a expectativa era de 4,5 mil hectares.
Alguns Estados deixaram de plantar parte das áreas de segunda safra com a fibra em decorrência dos atrasos na colheita da soja, segundo a consultoria. A FCStone reduziu em 12% a sua estimativa de plantio em Goiás em relação à projeção de outubro, para 31,3 mil hectares, mas a nova previsão ainda representa aumento de 19% ante o ciclo anterior. Para Mato Grosso do Sul, a previsão de área foi reduzida em 8%, para 30,3 mil hectares, número que ainda é 6% superior ao total semeado em 2016/2017.
Fonte: Estadão Conteúdo