Apesar das dificuldades e do volume adequado de recursos, avaliação é que ainda é pouco pelo contexto da agricultura na economia
O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, apresentado pelo governo federal nesta quarta-feira, dia 7 de junho, em Brasília (DF), ainda é considerado modesto na avaliação do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. Os recursos anunciados para a próxima safra são de R$ 190,25 bilhões, o que foi considerado adequado pelo dirigente.
Entretanto, conforme Dornelles, apesar de o Plano estar coerente com a dificuldade que o país atravessa atualmente, ainda é pouco para o contexto da agricultura, que vem sendo o principal impulsionador da economia brasileira neste momento de turbulência no país.
- Além disso, o produtor passa por dificuldades extras da atividade, como as questões de logística e de transportes, que são problemas para a competitividade do setor – justifica.
Sobre o corte dos juros, o presidente da Federarroz avaliou que, apesar da redução de um a dois pontos em determinadas linhas, ainda é pequeno para a necessidade dos produtores.
- O corte nos juros foi modesto. Talvez para alguns economistas estes cortes foram positivos devido à inflação atual, mas para a agricultura, atividade com faturamento cicloanual, eles são altos, ainda mais se compararmos aos demais concorrentes do agronegócio – observa.
Na avaliação de Dornelles, a agricultura brasileira neste ano passará a ter um ritmo de aceleração menor. O dirigente analisa que atividades como o arroz, que vem encontrando uma diminuição de plantio na maioria das regiões, deveria ter uma política mais específica apontada pelo governo federal.
- Talvez a intenção do governo federal seja administrar a bonança, dando indicativo da agricultura não avançar, pois poderá estar correndo o risco de acúmulo de estoques – explica.
Em relação ao Seguro Rural, onde foram anunciados R$ 550 milhões, o presidente da Federarroz acredita que, pelo menos está se mantendo os volumes de recursos costumeiros, mas contextualizando de forma geral, não há motivos festejos neste momento.
- Mais uma vez nossa sugestão ao produtor é de extrema cautela nos investimentos e com o endividamento de forma geral – pontua.
Fonte: Federarroz