O etanol subiu mais de 5% na bomba na semana concluída em 27 de abril, mas com a safra avançando a redução já deve ser sentida nos próximos dias, pelo efeito ‘deley’, já que na usina a baixa também foi significativa na mesma semana em que o valor caiu para o consumidor. Em paralelo, o petróleo recuou forte pelo segundo dia seguido, mas despencou quase 5% desde a semana passada, ajudando a limitar a competitividade do biocombustível cuja produção se expande.
Mas facilita a vida da Petrobras e do governo na política de repasse para a gasolina (aumentou apenas 1,72% na mesma semana, num flagrante represamento da estatal) e para o diesel, neste caso aliviando a pressão dos caminhoneiros.
Os Estados Unidos e a Rússia tiraram mais ainda o poder de precificação para cima que o corte de produção dos países da Opep vinha dando, mais as sanções ao Irã e até a insistência de alguns em verem igualmente a escalada da crise venezuelana, apesar deste país está fora do jogo em exportações de grandes volumes há tempos.
O barril do brent para entrega em julho ficou nesta quinta (2) abaixo de US$ 71 negociado em Londres, enquanto que os futuros do West Texas Intermediate (WTI), referência em Nova York, despencaram 4,2%.
Os inventários de produção e estoques americanos estão mais altos em dois anos, conforme já noticiado na última semana, e também hoje a Rússia apresentou dados de produção mais robustos.
E da Rússia também se confirmou que foi restabelecido o fornecimento à Bielorússia, depois de constatado contaminação do petróleo escoado por gasoduto. E parte desse cru que chega à ex-república Soviética também é reexportado para Polônia e até Alemanha.
“Quando os nívei de petróleo bruto dos EUA se elevam para os níveis mais altos desde setembro de 2017, enquanto a produção continua a marcar novas marcas, os sinais de alerta devem ficar vermelhos para os preços”, disse Stephen Innes, diretor de operações da SPI Asset Management, em entrevista à Bloomberg News.
Fonte: Notícias Agrícolas