A peste suína africana na Ásia ainda é o principal fator a impulsionar as exportações de carnes do Brasil, de acordo com a assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Ana Lígia Lenat.
“Ainda temos casos sendo reportados na China. A questão é se vamos exportar mais ou menos por conta do coronavírus, mas a demanda continua aquecida”, comenta.
Ana Lígia lembra que a China assumiu, no ano passado, o posto de maior compradora de proteína de frango do Brasil, posto ocupado anteriormente pela Arábia Saudita.
O temor no mercado é que o surto de coronavírus tire o fôlego da economia chinesa e afete, consequentemente, o consumo. Segundo a assessora, ainda é cedo para fazer uma previsão, mas a CNA mantém expectativas positivas.
“O vírus é um evento de inverno. A aglomeração da população favorece a propagação. Precisamos esperar a primavera e as rotinas voltarem ao normal. Por enquanto o impacto é pequeno e os traslados têm sido garantidos”, analisa.
A especialista comenta que o momento pede calma e reforça que o Brasil é reconhecido mundialmente pela qualidade da sua carne e pela sanidade de seus rebanhos.
“Em meio ao coronavírus, a mídia não fala tanto, mas há casos de influenza aviária em vários lugares da Ásia e Europa. A China inclusive suspendeu a compra de vários países. Nós nunca reportamos nenhum caso. Outros países, com estruturas sanitárias muito mais frágeis, sofrerão antes do Brasil”, finaliza.
Fonte: Canal Rural