Na última semana de agosto, mais uma viagem para conhecer um polo produtivo de tilápia no Brasil será feita dentro de projeto coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO). Desta vez, atores da cadeia produtiva do Oeste paranaense serão visitados com o objetivo de traçar um diagnóstico. Será a sexta região trabalhada pelo projeto, que já visitou Santa Catarina, o Norte do Paraná, Ilha Solteira (em São Paulo), o Submédio São Francisco e Castanhão (no Ceará).
Nessas primeiras viagens, as realidades encontradas foram diferentes.
- Os polos produtivos de tilápia são bem heterogêneos em termos de uso de tecnologia, manejo zootécnico, produto comercial e até em termos de material genético utilizado. Todos os polos possuem uma cadeia relativamente bem estruturada, mas nos polos do Nordeste há uma grande demanda por entrepostos e, consequentemente, pelo selo de inspeção que propicie uma maior segurança na comercialização da produção – explica Renata Barroso, analista de pesquisa da Embrapa e coordenadora do projeto.
Sobre problemas enfrentados, ela diz que
- Na maioria dos polos, observamos uma comunicação entre os agentes da cadeia com o objetivo de resolver gargalos locais. Uma série de ações consequentes vêm surgindo para fortalecer o setor, como: iniciativa de prefeituras para auxiliar no licenciamento ambiental das piscicultoras (município de Glória-BA); plano de marketing idealizado por produtores (Associação Cearense de Aquicultores); comitê gestor do reservatório (no caso do Castanhão) – falou.
Projeto: Para desenvolver o projeto “Indicadores socioeconômicos do desempenho da produção de tilápia no Brasil”, a Embrapa conta com a parceria de várias instituições de estados de três regiões brasileiras (Sul, Sudeste e Nordeste). A cada viagem de trabalho, parceiros locais participam, principalmente por já atuarem nas respectivas regiões e compreenderem demandas e necessidades da cadeia em cada local.
O projeto vem divulgando boletins informativos periódicos sobre o mercado da tilápia. O último deles trata do segundo semestre de 2015 e pode ser acessado clicando-se aqui. Dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que quase 170 mil toneladas dessa espécie foram produzidas no Brasil naquele ano. A tilápia, apesar de não ser natural do país, é o peixe mais cultivado no Brasil.
Nesta viagem ao Oeste paranaense, que será na região de Maripá, além de Renata, estarão o pesquisador Manoel Pedroza Filho, da Embrapa Pesca e Aquicultura, e Luiz Danilo Muehlmann, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR).
Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura
