Dependendo do ângulo escolhido para analisar a situação do frango vivo, pode-se chegar a resultados diferentes, eventualmente animadores, quanto ao desempenho do frango vivo no primeiro quadrimestre de 2015.
Assim, por exemplo, não é de todo equivocado dizer que o comportamento observado no período foi melhor que o de idêntico período do ano anterior. Porque, em essência, há um ano o preço médio alcançado pelo frango vivo nos quatro primeiros meses do exercício ficou quase 9% abaixo do registrado nos mesmos quatro meses de 2013, enquanto neste ano a queda em relação ao ano passado foi de apenas 3,3%, perto de 6 pontos percentuais a menos.
O problema – único problema – é que a redução ora observada se repete pelo segundo ano consecutivo. Assim, o valor nominal alcançado pelo frango vivo nos primeiros quatro meses de 2015 foi quase 12% menor que o registrado no primeiro quadrimestre de 2013. Valor nominal – ressalte-se. Porque, considerada a inflação acumulada nestes dois anos, registra-se uma defasagem de preço superior a 25%.
Claro, nada disso teria maior importância se os custos incidentes na produção tivessem recuado na mesma proporção. Mas… O salário (mínimo) dos tratadores, por exemplo, aumentou 16,2%. E os insumos básicos – milho e farelo de soja – estão mais caros que há dois anos. O milho, em abril, alcançou preço médio 7% maior que o de abril de 2013. E o farelo de soja – acredite se quiser – foi comercializado por um valor quase 40% superior.
Fonte: Avisite