Além de
ensinar habilidades aos seus participantes, os cursos do SENAR-PR proporcionam
uma reflexão sobre os conhecimentos e como esses saberes podem ser aplicáveis
no campo. É exatamente o que vem acontecendo em Rio Negro, na Região
Metropolitana de Curitiba, onde um grupo de participantes do Programa
Empreendedor Rural (PER), em andamento, integra uma espécie de associação,
formada para a troca de experiências visando novos investimentos em turismo
rural nas propriedades.
Produtor de
morangos semi- -hidropônicos no município, Valdinei Meneghini é um dos
participantes da turma do PER que passou a fazer planos. Depois de ampliar suas
estufas, Meneghini pretende investir no turismo rural. “Um grande diferencial
de se buscar conhecimento é perceber a necessidade de sempre ter uma visão
empreendedora nas atividades. É isso que me faz cogitar, no futuro, explorar o
mercado de turismo”, conta. “Toda e qualquer propriedade permite pensar em
inúmeros projetos. O que ela comportar em termos de benfeitorias, respeitando
as suas características naturais, é possível colocar no papel e executar”,
completa.
Nos próximos
anos, a produtora Karine Zapelini também está interessada em colocar em
funcionamento o turismo rural em sua propriedade. Ela está finalizando a
construção de uma estufa para a produção de cogumelos e de uma cozinha
industrial para fazer conservas, antepastos e geleias, com previsão de
inaugurar em outubro. “O PER funciona para vários aspectos do negócio e da vida
da gente, na organização, no desempenho, enfim, é muito importante. Todo mundo
está contente, colocando em prática”, revela.
Inspiração
A inspiração
para esses novos planos vem de pessoas que já têm turismo rural funcionando em
suas terras. Há quatro anos, Rosenilda S. da Silveira, aluna do PER, recebe
visitantes em sua propriedade. “Éramos criadores de frango de corte. Depois que
a indústria começou a fazer muitas exigências de adequações, largamos a
atividade e começamos a investir no recebimento de pessoas na propriedade”, diz
Rosenilda, que mora no local com o marido e dois filhos.
Mesmo com o
negócio em funcionamento, Rosenilda buscou mais qualificação com o PER, para
promover melhorias. “O curso ajuda tanto na parte do planejar as atividades
como envolver a família”, enumera.
Vínculos de conhecimento
Assim como Valdinei, Karine e Rosenilda, outros participantes do PER também integram o grupo de turismo rural de Rio Negro. Essa mobilização é fruto de um trabalho em andamento desde 2014, que surgiu de uma parceria entre as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e Cultura e Turismo do município, Sindicato Rural e SENAR-PR. De lá até hoje foram realizadas diversas capacitações que permitiram melhorias na região com vistas a desenvolver um polo de turismo rural.
“O objetivo
foi montar um núcleo, para que um possa apoiar o outro. Tratamos conteúdos para
otimizar a prestação de serviço no turismo, estratégias para manter a
competitividade, oportunidades para geração de renda e a questão do Kaizen, com
os processos organizacionais coletivos. Também especificamente o turismo, sobre
empresas que já estão organizadas”, relata Élcio Chagas, instrutor do curso
Kaizen, uma das formações dentro dessa mobilização.
A partir disso foi montado um núcleo de turismo rural. “Fizemos uma espécie de planejamento, uma análise ambiental [pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças] e um pequeno plano de ação, para que se pudesse indicar pessoas e instituições. Então, eles organizaram o núcleo de turismo rural do município”, detalha Chagas. O PER em Rio Negro está em seu décimo encontro. Segundo a instrutora do programa Fabíola Weinhardt Jazar, o interesse em formar o grupo para a troca de experiências partiu da própria turma. “A prefeitura de Rio Negro chamou os interessados para fazer um seminário na área de turismo. Então, eles se mobilizaram para organizar as melhorias necessárias, como sinalização em estradas e rotas bem estruturadas”, conta.
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Fonte: Sistema FAEP