O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eduardo Sampaio Marques, disse nesta quinta-feira (28), em evento na Fiesp, que a participação do Estado na oferta de crédito rural, no financiamento agrícola irá diminuir.
“Este é o cenário que está sendo debatido no Banco Central, no Ministério da Economia”, ressaltou, acrescentando que “é sabido que o País passa por uma crise fiscal, e que a agricultura também terá que fazer sua parte neste sentido”.
Entretanto, Marques ressalvou que esta redução do crédito rural oficial será feita de maneira gradual.
“Não vai ser de uma hora para outra, nem neste Plano Safra. A palavra-chave é gradualismo, a fim de favorecer a concorrência entre os bancos privados, abrindo oportunidades de novas fontes de financiamento.”
O secretário assinalou que linhas de financiamento dedicadas à agricultura familiar e de caráter mais estratégico, como, por exemplo, de produção de baixo carbono continuarão a contar por muito tempo com recursos do Tesouro Nacional.
Plano Safra
No que diz respeito ao Plano Safra 2018/19, Marques pontuou que entre escolher o cenário de mais recursos em troca de reajuste na taxa de juros ou manutenção do volume de crédito e dos juros, o governo optará pela primeira alternativa.
“Maior volume de recursos é um quadro que democratiza mais o acesso ao crédito.”
Ademais, o secretário adiantou que o montante de subsídios destinado ao programa de subvenção do seguro rural no novo Plano Safra será de aproximadamente R$ 1 bilhão.
Fonte: DATAGRO