O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt, disse ontem (19) que ações conjuntas entre o governo e o setor privado poderão aumentar a exportação de produtos manufaturados do Brasil, para garantir ao país maior competitividade no mercado internacional.
Em palestra sobre Exportações como Alavanca para o Desenvolvimento Sustentável da Economia Brasileira, no 34º Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro, Bittencourt lembrou que, desde 2007, a exportação de bens e serviços de engenharia é importante elemento gerador de superávits na balança comercial.
O vice-presidente do BNDES reconheceu, entretanto, que o banco ainda tem uma participação reduzida no financiamento à exportação de serviços de engenharia, em comparação a outras agências de desenvolvimento internacionais. Em 2013, por exemplo, o apoio dado a esse segmento exportador pela agência chinesa alcançou US$ 45,6 bilhões, da Alemanha US$ 17,9 bilhões, enquanto o financiamento do BNDES foi de apenas US$ 2,3 bilhões, somente no pós-embarque. Bittencourt advertiu, porém, que o BNDES está no caminho certo.
- A questão é a velocidade – afirmou.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, concordou que a ampliação do apoio à exportação de manufaturados é fundamental para que o Brasil não fique refém das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo).
Castro destacou que o financiamento a produtos manufaturados gera empregos de maior qualidade,
– Gera atividade econômica para o país como um todo – disse.
Para o presidente da AEB, exportar serviços de engenharia “é ‘status’”. Dos 15 países do mundo que exportam serviços de engenharia, o Brasil é o único situado na América do Sul.
- O Brasil pode (exportar) porque tem o BNDES e tem as empresas exportadoras capacitadas – acrescentou Castro.
Fonte: Jornal de Brasília