O ministro da Agricultura de Myanmar, Ohn Myint, expressou a intenção do país em ampliar o comércio com o Brasil no setor agropecuário, em reunião nesta terça-feira (28/4), com o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins. A comitiva asiática revelou interesse na compra de carnes bovina, suína e frangos, ração à base de milho e soja, além de solicitar cooperação na área de pescados.
A República da União de Myanmar é um país do sul da Ásia continental limitado ao norte e nordeste pela China, a leste pelo Laos e a sudeste pela Tailândia. O presidente da CNA demonstrou satisfação com a possibilidade de o Brasil estabelecer comércio de produtos agropecuários com aquele país, que tem uma população estimada em 53 milhões de habitantes, 70% vivendo na área rural.
- Necessitamos de transferência de conhecimentos tecnológicos neste setor. E quero incluir o nome de Myanmar como parceiro nas relações do agronegócio brasileiro – realçou o ministro Ohn Myint.
De acordo com João Martins, o Brasil dispõe de uma ferramenta que assegura a sanidade e a qualidade do produto brasileiro, a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA). O instrumento garante maior controle, transparência e credibilidade dos sistemas agropecuários, registrando todas as ocorrências praticadas por produtores, frigoríficos, fabricantes de elementos de identificação animal, órgãos executores de sanidade agropecuária, entre outros.
A PGA integra o Banco de Dados Único (BDU), com informações dos órgãos executores de sanidade agropecuária dos estados e dados corporativos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Assim, o ministério tem o controle de todas as operações agropecuárias do país, desde informações de cada propriedade até o registro do trânsito de animais.
O Brasil tem a maior empresa de pesquisa de agricultura tropical do mundo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), grande responsável pela evolução da nossa agropecuária. Dos seus laboratórios nascem novas sementes, tecnologias de ponta em agricultura de precisão, aplicação de insumos e defensivos agrícolas, produção de máquinas agrícolas, técnicas de georreferenciamento aplicada e engenharia de irrigação. E tem uma entidade que leva todo esse conhecimento ao campo – o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Neste contexto, com seu vasto recurso e know-how, é esperado do Brasil grande contribuição na produção mundial de alimentos no futuro, além do aperfeiçoamento contínuo dessas tecnologias.
- O SENAR se coloca à disposição para levar seu conhecimento, informação e tecnologia para Myanmar – frisou Daniel Carrara, secretário executivo do SENAR.
Fonte: Canal do Produtor