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Paraná tem 5 milhões de hectares que podem ser destinados à integração lavoura-pecuária

A bovinocultura de corte vive um momento singular no Paraná. Longe das características fundiárias de outros Estados, onde a atividade encontra possibilidade de produzir grandes volumes de carne bovina, por aqui os pecuaristas trilham o caminho da qualidade, agregando valor aos produtos, e extraindo o máximo de produtividade das propriedades.

Um caminho para desenvolver esta cadeia no Estado é a adoção dos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (Sipas), como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP), que une a bovinocultura de corte à produção de grãos, trazendo benefícios para ambas atividades.

Essa opção ganha relevância quando constatado que existe uma grande área, que poderia estar gerando renda por meio da pecuária, mas que fica sem uso durante boa parte do ano. A falta de opções economicamente viáveis para as culturas de inverno no Paraná faz com que 5 milhões de hectares fiquem em pousio todos os anos, servindo apenas com cobertura de solo, preparando o terreno para a próxima safra de verão.

A proposta do ILP é que estas áreas passem a fazer parte de um sistema produtivo, onde a pecuária convive com a agricultura ocupando as mesmas terras em momentos diferentes do ano. Durante o verão os animais são manejados em uma área de pastagem tropical perene, enquanto o restante da propriedade é destinado à produção de grãos (soja, milho, feijão, etc.). No inverno, essas áreas destinadas aos grãos são semeadas com forrageiras para alimentação dos animais.


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Nesses Sistemas Integrados, o resultado final é maior do que a soma das partes. Isso é possível porque uma atividade favorece a outra, trazendo ganhos mútuos. “Precisamos pensar na propriedade como uma só, independente da visão para a agricultura ou pecuária, porque a visão dos sistemas integrados é o ganha-ganha: a pecuária ajuda a agricultura e a agricultura ajuda a pecuária”, observa o produtor Piotre Laginski, que utiliza a ILP em suas propriedades na região Oeste do Paraná.

Há quatro anos utilizando este sistema produtivo, Laginski é um entusiasta da técnica. “Hoje vejo os Sistemas Integrados de Produção como a próxima revolução na agricultura mundial, da mesma maneira que foi o Plantio Direto na Palha”, compara.

Leia a matéria completa no Boletim Informativo.

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Fonte: Sistema FAEP



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