O crescimento da avicultura e da suinocultura, principalmente no interior do Estado faz do Paraná o maior produtor de carnes do país. Considerando todas as principais atividades pecuárias – aves, suínos e bovinos – nenhum outro Estado registra volume, em toneladas, superior ao do Paraná.
O Estado responde por 20% da produção nacional. Somente no primeiro semestre deste ano, foi produzido 2,4 milhões de toneladas de carne, à frente de Santa Catarina, com 1,55 milhão de toneladas, e do Rio Grande do Sul, com 1,3 milhão de toneladas.
Os dados são de um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) com base nos números da pesquisa de produção pecuária trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesse mês.
A indústria de carnes paranaense vem conseguindo driblar a crise econômica e crescer bem acima da média brasileira. Enquanto a produção do Brasil avançou 1% na comparação do primeiro semestre contra o mesmo período do ano passado – para 11,7 milhões de toneladas – o Paraná aumentou 8% na mesma base de comparação.
O Estado tem forte atuação na área de frango e suíno – na qual ocupa o primeiro e o terceiro lugar respectivamente no ranking nacional do semestre – e uma presença menor a bovinocultura, que é liderada pelo Mato Grosso.
Do total produzido pelo Paraná, a maior parte vem da avicultura, com 1,95 milhão de toneladas no primeiro semestre (aumento de 10,1%), seguida pela suinocultura, com 331,5 mil toneladas (alta de 11,8%), e pela bovinocultura, com 140,6 mil toneladas, que teve queda de 12,4% .
Exportações
Boa parte do impulso na produção de carnes do Estado se deve às exportações, que crescem com a ampliação de mercados e o dólar alto. No primeiro semestre, as vendas de carne de frango cresceram 17,8%, para 648,3 mil toneladas.
Além do câmbio, barreiras sanitárias impostas aos Estados Unidos por conta de um surto de gripe aviária abre espaço para o frango paranaense. Os frigoríficos aumentaram embarques, também, para a Ásia e para o México.
O setor se beneficia da migração do consumo da carne bovina para a de frango no mercado interno. Com inflação alta, o consumidor está optando por carnes mais baratas.
Já as exportações de suínos avançaram 40,3%, chegando para 22 mil toneladas, impulsionadas pela retomada das compras da Rússia.
Fonte: AEN
Fonte: Canal do Produtor