Rem Caballero – Touro mais valorizado da raça Nelore no Brasil

PARA PECUARISTA DE PONTA

A Expogenética – a maior feira de melhoramento genético do Brasil termina neste domingo (23/08) no Parque Fernando Costa em Uberaba (MG). O mercado de inseminação artificial no Brasil continua em ascensão. Segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), no ano de 2014 foram comercializadas aproximadamente 14 milhões de doses de sêmens, (corte e leite). Segundo o presidente da Alta – uma das maiores centrais de coleta, processamento e distribuição de sêmen do mundo, Heverardo Carvalho, neste ano o mercado de inseminação artificial deve crescer em torno de 5% a 6% em doses e o faturamento ficaria em torno de 8% a 10%. Já a Alta, pretende crescer 9% em doses e 11% em faturamento.

O mercado brasileiro é considerado um dos maiores exportadores de carne bovina, mas apenas 10% das vacas no Brasil são inseminadas, ou seja, 90% das matrizes ainda fazem uso da monta natural.

- A inseminação artificial é uma tecnologia rentável, econômica e tem o resultado mais eficaz quando comparado à monta natural.  O desinteresse, a falta de conhecimento e o medo da mudança são os fatores que mais dificultam o pecuarista investir em inseminação artificial, porém o principal motivo é a falta de informação. Embora seja uma ferramenta excepcional para aumentar os lucros, é pouco explorada entre os pecuaristas – afirma o presidente.

Outro fator que prejudica a rentabilidade da fazenda é a gestão administrativa.

- Se não houver uma boa administração, a inseminação artificial não será suficiente para garantir a produtividade eficiente. Um dos maiores erros que o pecuarista tem cometido é o não acompanhamento da gestão do negócio. Ele acha muito, observa tudo e não anota nada. É preciso acompanhar de perto todo o desempenho da propriedade, para que alcance os resultados almejados – ressalta Heverardo.

Atualmente, as técnicas utilizadas para potencializar a produção do gado de leite e de corte são diversas. Foram criados diversas tecnologias, como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). A tecnologia traz diversas vantagens ao pecuarista, como: a diminuição da mão de obra (que elimina a necessidade de detecção de cios), o aumento do índice de prenhez em intervalos curtos, a inseminação em maior escala, o ganho de peso ao desmame e a escolha de animais com alto potencial genético para diversas características. O pecuarista pode moldar o rebanho de acordo com as suas expectativas.

Neste ano a Alta lançou o programa Concept Plus Corte, que identifica touros com as melhores taxas de concepção no campo, ou seja, destaca touros com alta fertilidade. Para realizar esta análise, é feita uma coleta de dados com base nas informações concedidas por mais de 80 técnicos distribuídos em todo o Brasil. E em seguida, é executado um criterioso método bioestatístico para validar um índice de fertilidade em cada touro. Os touros identificados com alta fertilidade recebem o selo Concept Plus, enquanto os piores touros são excluídos da bateria da Alta.

 – O Concept Plus Corte é um projeto arrojado e extremamente importante para a pecuária nacional. Ele busca respostas concretas sobre a variação de concepção de touros no campo, que não são explicadas pelas análises laboratoriais, acabando de vez com uma grande rede de especulações que são cultivadas no mercado de IATF – esclarece Heverardo.

Exportação 

Com o aumento do dólar, o investimento em genética vai aumentar. Para o produtor de leite, este cenário é totalmente positivo, pois encarece o leite importado no país. O Brasil também está entre os maiores exportadores mundial de carne, com a alta do dólar, o pecuarista também “sai” lucrando.

A produção de carne e de leite é rentável, desde que sejam adotados sistemas confiáveis e que tragam resultados.

- Investir em inseminação artificial é muito barato. O custo do sêmen é muito baixo, ou seja, corresponde a 0,5% a 1% da composição do custo de leite ou de carne. Se falarmos que o sêmen vai subir 20% devido ao aumento do dólar, 20% de 1 é igual a 0,2 – comenta Heverardo Carvalho.

Recentemente, o Ministério da Agricultura anunciou as habilitações para exportação de carne in natura para os EUA em treze estados. Para atender às exigências do mercado, o pecuarista precisará adequar-se ao uso de novas tecnologias para o desenvolvimento do rebanho.

- O Brasil exporta praticamente para todos os países, existem poucas exceções e os EUA era uma delas, portanto esta habilitação para importação da carne brasileira é positiva. É uma forma de romper barreiras com outros países, pois irão nos enxergar com outros olhos. A abertura de novos mercados é sempre muito importante – finaliza Carvalho.

Fonte: Assessoria da Alta

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