O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que um pacto global liderado pela Opep, pela Rússia e por outros produtores para cortar a produção de petróleo reduziu a volatilidade nos preços e enxugou os enormes estoques, descartando a necessidade de novas medidas imediatas para elevar as cotações.
O ministro também disse à Reuters que há potencial para uma alta dos preços ante os atuais níveis, e que entre 50 e 60 dólares seria um valor “justo” para o barril, após o Brent, referência para o mercado, cair 20 por cento no primeiro semestre. O Brent tem sido negociado, agora, a cerca de 48 dólares.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores acertaram um acordo para reduzir produção em quase 1,8 milhão de barris por dia a partir de janeiro deste ano, e o pacto deve ir até março de 2018.
Apesar da iniciativa, os preços do petróleo tiveram a maior queda no primeiro semestre em quase duas décadas, o que levou analistas de mercado a sugerir que os países da Opep, a Rússia e seus aliados deveriam implementar medidas adicionais, como ampliar os cortes ou prorrogá-los para além de março.
- Acreditamos ser necessário que os movimentos sigam dentro dos termos já acordados, e que decisões novas ou repentinas não são necessárias – disse Novak em uma entrevista em Moscou.
- Eu acho que as decisões tomadas foram as corretas – disse, adicionando que quaisquer medidas adicionais podem criar “caos” e ser mal compreendidas pelo mercado.
Fonte: Reuters