Os dados da SECEX/MDIC relativos aos sete primeiros meses do ano mostram que, embora em expansão, as exportações brasileiras de ovos férteis para a produção de pintos de corte evoluem de forma lenta, aquém do esperado no início do corrente exercício. Culpa, principalmente, da Venezuela, que já chegou a absorver mais de 40% das exportações do setor, mas que em 2017 (e até julho) nada adquiriu do Brasil.
É verdade que, em julho passado, o volume exportado para cerca de uma dezena de países aumentou 36,52% em relação ao mesmo mês de 2016, correspondendo ao segundo melhor resultado dos últimos 24 meses. Esse ganho, no entanto, foi parcialmente neutralizado pelo crescimento “zero” observado no mês de junho.
O fato é que, entre janeiro e julho, o total de ovos férteis exportados soma 91,610 milhões de unidades (perto de 255 mil caixas de 30 dúzias), resultado que representa aumento de 10,56% sobre os mesmos sete meses de 2016. Mesmo assim é um desempenho inferior ao de vários anos anteriores – por exemplo, os 99,4 milhões de 2012 ou os 116 milhões de 2010.
Mantida a atual média – pouco mais de 13 milhões de unidades mensais – as exportações de ovos férteis de 2017 ficarão próximas mas ainda aquém dos 160 milhões de unidades, aumentando em torno de 15% em relação a 2016.
Por ora, porém, o incremento em 12 meses corresponde a menos da metade desse índice, já que os 144,3 milhões exportados entre agosto de 2016 e julho de 2017 estão apenas 6,52% acima do que foi registrado em idêntico período anterior.
Fonte: Avisite