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O sétimo mês do ano raras vezes foi favorável ao setor de postura. Em essência, por ser mês de férias e por não contar com o consumo, bastante significativo, da merenda escolar.

Exemplificando, na média dos últimos 17 anos (isto é, de 2001 até o ano passado) o preço médio alcançado pelo ovo no mês de julho (base: cargas fechadas do branco extra negociadas no atacado da cidade de São Paulo) ficou perto de 2,5% abaixo do que foi registrado no mês anterior.

Em 2018, porém, o retrocesso foi bem mais agudo, pois, na comparação mensal, o preço médio do produto recuou mais de 20%. É verdade, neste caso, que a base de comparação (o mês anterior) apresentou alta artificial, decorrente do movimento dos caminhoneiros. Notar, porém, que, comparativamente ao mesmo mês do ano passado, o produto voltou a registrar desvalorização em torno dos 25% – como, aliás, já havia ocorrido em abril e maio. Além disso, a valorização obtida em junho não foi das mais significativas, pois o preço alcançado permaneceu negativo em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Em suma, o ovo continua perdendo tudo o que conquistou entre 2016 e 2017, exercícios em que seus preços se valorizaram cerca de 27% e 31% em relação a 2015. E, neste caso, a perda maior é observada em relação a 2017, pois enquanto os preços recebidos entre janeiro e julho retrocederam mais de 17%, os custos de produção voltaram a se elevar e, neste ano, se encontram muito próximos daqueles registrados dois anos atrás, em 2016, ocasião em que atingiram níveis nunca antes observados.

À primeira vista, em agosto, com o término do período de férias e o reinício do ano letivo, abre-se espaço para a valorização do produto. Mas, considerada a média histórica, o oitavo mês do ano ainda registra perdas em relação ao mês anterior. Ou seja: para obter o reequilíbrio perdido é provável que o setor precise agir de maneira mais radical, o que implica em descartar não só as poedeiras menos produtivas, mas também as mais velhas.

Fonte: Avisite



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