Depois de registrar fraco ritmo no ano passado, as exportações de ovos podem se recuperar em 2018, devido à recente abertura de novos mercados internacionais. No final de 2017, a África do Sul liberou as importações de ovos in natura e processados provenientes do Brasil. No longo prazo, o aumento do número de países importadores e o maior volume produzido podem contribuir para elevar a inserção do Brasil no mercado internacional. No mercado doméstico, espera-se que a modesta recuperação econômica do País, prevista pelo Banco Central do Brasil (BC), contribua para estimular a demanda por ovos, seja por parte da indústria de alimentos ou pelo consumo in natura. Por outro lado, o crescimento da economia e a redução da inflação podem favorecer o aumento do poder aquisitivo do brasileiro em 2018, estimulando o consumo de proteínas mais caras, como as carnes bovina, suína e de frango. Dentro da porteira, estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que, em 2018, a produção nacional de ovos será entre 5% e 6% superior à do ano passado. Diante disso, a capacidade de absorção dos mercados doméstico e externo é de extrema relevância para a determinação dos preços que serão recebidos pelos produtores e, consequentemente, para o desempenho do setor.
Fonte: Cepea