De acordo com os dados ontem divulgados pelo IBGE, o volume de ovos produzidos nos nove primeiros meses de 2017 aumentou quase 6,5%. Se considerados os últimos 12 meses (período entre outubro de 2016 e setembro de 2017) esse índice sobe para 6,6%.
Interessante notar que esses índices de incremento decorrem de um plantel cujos índices de expansão foram ligeiramente menores (+5,49% em nove meses; +5,20% nos últimos 12 meses), o que também denota aumento de produtividade, como ocorreu com o frango.
Mas por falar em plantel, observa-se que ele teve expansão anormal se consideradas as crises dos dois últimos anos (de matérias-primas em 2016; econômica em 2017). Assim, por exemplo, no terceiro trimestre de 2017, o plantel médio registrado, pouco superior a 153 milhões de cabeças, apresentou aumento de 11% sobre os (cerca de) 138 milhões de poedeiras do quarto trimestre de 2015.
E como isso conduziu a um aumento de produção de ovos de mais de 12% em menos de dois anos, parece estar explicado o retrocesso no preço do produto observado no segundo semestre de 2017.
Vale notar, de toda forma, que a produção de ovos levantada pelo IBGE inclui não só o produto para consumo humano, mas também os ovos férteis destinados à incubação. No terceiro trimestre de 2017, por exemplo, eles corresponderam a 21% do volume total levantado.
Mesmo assim, é maior a velocidade de expansão na produção de ovos de consumo, visto que, cerca de dois anos atrás, os ovos incubáveis respondiam por quase um quarto do total de ovos produzidos e, agora, sua participação está reduzida a pouco mais de um quinto do total.
Fonte: Avisite