Goiânia / Goiás (20 de outubro de 2015) – Atentos às exigências da sociedade, a ovinocultura e a caprinocultura vêm demonstrando um crescente aumento nos últimos anos: o rebanho brasileiro conta atualmente com 14 milhões de cabeças distribuídas em todo o país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento vem ocorrendo, entre muitos motivos, devido a um mercado consumidor cada vez mais exigente por produtos de qualidade.
Na busca por avanços, as dificuldades da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura estiveram em discussão, no último dia 22 de setembro, na sede da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em pauta também, a criação de um Plano Nacional de Desenvolvimento da Ovinocaprinocultura (Pronadoc), um abatedouro móvel, além de uma Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate (Pdoa).
Representando a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), o produtor rural Wagner Marchesi e a assessora técnica da entidade para Pecuária de Corte, Christiane Rossi, estiveram presentes na reunião, e destacaram os principais gargalos enfrentados pelo setor em Goiás. “As dificuldades que a cadeia vem enfrentado dizem respeito à uma produção insuficiente em quantidade e qualidade, principalmente, para viabilizar a operacionalização de frigoríficos. O intuito é estimular a formalização do abate e assim abastecer o mercado interno, que hoje é importador de carnes de outros estados e países” aponta Christiane.
Segundo a assessora, dentre esses fatores, o principal desafio está na produção insuficiente para atender o mercado de consumo e alto índice de abates na informalidade. Uma das alternativas levantadas durante a reunião da Comissão de Ovino e Caprinos da CNA, está no modelo de abatedouro móvel desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Máquinas e Equipamentos Industriais (Engmaq). “Esse projeto ainda em avaliação pela Comissão Nacional, poderá vir beneficiar o setor, estimulando a formalização do abate e assim respeitando os padrões de sanidade e bem-estar animal”, ressalta Christiane.
Outro modelo apresentado, diz respeito ao Sistema de Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate (PDOA), programa criado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), com intuito de facilitar o comércio de animais no estado, estimulando a cadeia produtiva de ovinos e caprinos, além de garantir que o consumidor tenha um produto de qualidade em sua mesa. “O modelo proposto chama a atenção através de uma técnica responsável da propriedade onde reúne a oferta do produtor, de animais para o abate com a demanda do frigorífico. Desta forma, viabiliza a comercialização, formalizando e garantindo a qualidade do produto”.
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG
Foto: Larissa Melo
Texto: Nayara Pereira
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Fonte: Canal do Produtor