Na plantação de Alan Senciatti de Proença, em Capão Bonito (SP) o trigo tem só 45 dias e está verdinho. Daqui a alguns meses, tudo vai ganhar outra cor. A lavoura vai ficar amarelinha, pronta para a colheita.
Alan plantou o cereal em 360 hectares e anda otimista. Ele espera colher 4,5 toneladas por hectare se o clima ajudar. No ano passado, o produtor conseguiu um preço acima da média porque faltou trigo no mercado. A estiagem em 2018 derrubou a produção.
O trigo é uma cultura que não exige muita chuva, mas se ela vier nos últimos 60 dias do ciclo, ajuda a formar um grão de melhor qualidade.
O Brasil consome em média 12 milhões de toneladas de trigo por ano, mas produz menos da metade disso. Para a safra atual, a expectativa é de quase 5,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE.
No ano passado, a produção dos 14 principais municípios produtores de trigo do Estado de São Paulo foi de quase 234 mil toneladas. A região de Itapetininga é responsável por quase 90% desse volume. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola.
Em outra fazenda, também no município de Capão Bonito, o trigo foi cultivado no começo de abril. A lavoura é de uma cooperativa que reúne 45 produtores de trigo com mais de 6 mil hectares. Juntos, esperam colher este ano 18 mil toneladas.
O presidente da cooperativa, Emílio Kenji Okamura, fala que a expectativa é boa, embora seja cedo para falar porque a oferta aumenta na época da colheita e o preço tende a cair.
Fonte: G1