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OSCILAÇÃO DO DÓLAR

O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta quarta-feira, com os investidores mantendo a cautela diante da necessidade de o Congresso Nacional ainda ter de aprovar diversas medidas anunciadas pelo governo para gerenciar as contas públicas do país.

Às 10:30, o dólar recuava 0,01 por cento, a 3,1725 reais na venda, depois de cair 0,91 por cento, para 3,1728 reais na véspera. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,05 por cento.

- O anúncio ficou dentro da expectativa, mas ainda é preciso aprovar tudo o que o governo sugeriu – afirmou o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, ressaltando que a aprovação da reforma da Previdência também é essencial.

Na véspera, o governo anunciou novas e maiores metas de déficit primário, que subirão a 159 bilhões de reais neste e no próximo ano, confirmando a tendência de deterioração das contas públicas, que pode ser ainda pior caso o Congresso Nacional não aprove medidas impopulares que foram apresentadas para limitar o rombo e aumentar as receitas.

Entre elas, a reoneração da folha de pagamento de empresas e a elevação da contribuição previdenciária por funcionários públicos.

De modo geral, os mercados já haviam precificado essas mudanças no cenário fiscal antes. Por isso, nem mesmo o voto de confiança dado ao governo pela Standard & Poor’s na véspera fazia muito preço nessa sessão.

A agência de classificação de risco retirou a observação negativa sobre o rating do Barsil e passou a perspectiva negativa. Na prática, isso significa que tirou do radar a possibilidade de corte da nota do país sem um aviso prévio.

- Se houvesse uma alteração na nota pela S&P, teria forte impacto no mercado – afirmou o presidente do correspondente cambial BeeCâmbio, Fernando Pavani.

Os investidores também estavam de olho no cenário externo, à espera da ata do Federal Reserve, banco central norte-americano, que será divulgada às 15:00 (horário de Brasília), em buscas de sinais sobre eventual novo aumento de juros nos Estados Unidos.

O dólar caía ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano, mas subia ante uma cesta de divisas.

Fonte: Reuters



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