Presenças constantes em grande parte dos molhos e saladas no Brasil, a cebola e o tomate foram os principais vilões da alta da cesta básica da região em maio. De acordo com pesquisas realizadas pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) ao longo deste mês, a cebola subiu, em média, 38,67% em relação a abril, para R$ 5,27 o quilo. Já o tomate subiu 12,1%, passando a R$ 6,97 o quilo.
Esses valores são uma média dos resultados dos últimos quatro levantamentos feitos semanalmente pela Craisa, e os percentuais de alta se referem à comparação com a média dos quatro estudos anteriores, de abril. Porém, nesta semana, os preços de ambos os itens mostram elevação ainda mais expressiva. O tomate já supera R$ 7 (é encontrado atualmente à média de R$ 7,83 o quilo) e a cebola chega a R$ 6,91, nos supermercados da região.
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O coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, cita que, nesta época do ano, a cebola argentina está no fim da safra, e como a condição climática prejudicou a colheita no país vizinho, as redes do varejo estão sendo abastecidas com o produto vindo da Holanda. Com isso, o preço sobe, pela distância maior e por causa do dólar em alta,
Por sua vez, no caso do tomate, De Benedetto explica que, tradicionalmente, neste período os preços sobem, já que a safra se inicia no fim do verão, quando normalmente chove mais, e a colheita se dá agora, em pleno outono, em que o frio começa a castigar as plantações e a oferta diminui.
A proximidade do inverno traz as geadas, que também reduzem as pastagens. Isso justifica a elevação do custo da carne bovina de segunda (a referência, para a Craisa, é o acém), que na média mensal subiu 8,66% em maio, para R$ 15,48 o quilo. Neste caso, por se tratar de commodity, com preço negociado em dólar, o custo do item também sobe, já que é mais vantajoso exportar do que abastecer o mercado interno.
Conjunto
Na média de maio, o conjunto dos 34 produtos de primeira necessidade pesquisados subiu apenas 2,12% na comparação com abril – passou a R$ 488,06 –, o que significou R$ 10,10 a mais de desembolso nas compras pelo consumidor.
Alguns produtos impediram alta maior. Foi o caso do preço da alface, que teve queda de 7,25% (para R$ 2,25 a unidade). O coordenador do estudo cita que, no frio, o consumo do item diminui e, com demanda menor que a oferta, os valores tendem a cair.
Fonte: Diario ABC