Impulsionada pelas boas condições climáticas a colheita do milho avançou 4 pontos percentuais nesta semana e atingiu 42% da área cultivada no Rio Grande do Sul, desempenho abaixo do registrado na mesma época do ano passado (45%) e acima dos 39% da média dos últimos cinco anos. Os dados são do informe semanal elaborado pelos técnicos do serviço de assistência técnica e extensão rural do governo estadual gaúcho (Emater/RS).
Os técnicos relatam no boletim que os atuais índices de produtividade e qualidade estão trazendo otimismo aos produtores, gerando expectativa de que se mantenha até o final geral da safra. Eles dizem que há exceções, como algumas áreas pontuais da região Sul, que apresentam déficit hídrico, o que pode prejudicar a produção.
Segundo os técnicos, na metade Norte do Estado os agricultores estão acelerando a colheita do milho para liberar as máquinas para a colheita da soja que se aproxima. Os produtores também estão finalizando o plantio do milho do tarde (safrinha), mesmo fora dozoneamento agroclimático, observam.
Na avaliação dos técnicos, os bons rendimentos obtidos, associados à valorização dos preços do cereal, devem servir de subsídios para o embasamento na tomada de decisão no momento do planejamento de plantio da próxima safra. Nesta semana os preços do milho subiram 3,98% no mercado gaúcho, para preço para R$ 36,28 por saca.
Arroz
O levantamento da Emater mostra que a colheita do arroz no Rio Grande do Sul também avançou nesta semana, com ganho de 3 pontos percentuais, para 4% da área plantada, ritmo abaixo do registrado na mesma época do ano passado (10%) e da média dos últimos cinco anos (18%). Os técnicos comentam que a maior parte da lavoura de arrozencontra-se nas fases de floração e enchimento de grãos (71%) e maduro por colher (12%).
Segundo eles, as condições climáticas continuam favorecendo a evolução das plantas, a realização de tratos culturais, e também os trabalhos de colheita nas áreas semeadas em setembro. “Os dias com alta luminosidade e temperatura foram benéficos para as lavouras que se encontram em floração e maturação dos grãos (período reprodutivo”), completam.
O relatório informa que nas áreas do Médio Litoral e no entorno da Lagoa dos Patos os produtores aproveitaram a semana para efetuar manejo da água de irrigação e aplicação de fungicida para prevenção da brusone. A colheita já se encontra em andamento em Itaqui, São Borja, Maçambará e em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Os preços nesta semana tiveram leve alta para R$ 41,05 por saca.
Feijão
No caso do feijão de primeira safra a colheita avançou 4 pontos percentuais nesta semana e atingiu 74% da área, com atraso em relação a mesma época do ano passado (75%) e da média dos últimos cinco anos (80%). A Emater relata que ainda restam algumas áreas nas regiões Central, Alto Uruguai, Alto da Serra do Botucaraí e Litoral Norte, e na maior parte da região dos Campos de Cima da Serra.
As lavouras que tiveram baixa produtividade média até o momento foram as da região Sul (aproximadamente 912 kg por hectare), seguida pela Metropolitana e Litoral Norte (1.082 kg por hectare). As lavouras que vêm obtendo os maiores rendimentos estão localizadas nos Campos de Cima da Serra (2.292 kg por hectare).
O feijão de segunda safra está em fase de implantação e já alcança os 48% da área estimada, com 97% em estádio de germinação e desenvolvimento vegetativo e iniciando a floração (3%). “A lavoura semeada se encontra com bom desenvolvimento, indicando bom potencial produtivo até o momento. A incidência de pragas e doenças é baixa nas lavouras, e vem sendo realizado o controle principalmente de ácaros e mosca branca, com produtos à base de enxofre”, dizem os técnicos da Emater.
Em relação à comercialização do feijão preto, os eles relatam que os pecos seguem em alta, com ganho de mais 0,56% nesta semana, para R$ 151,90/saca, valor 11% acima da média histórica para o período.
Fonte: Revista Globo Rural
Fonte: Canal do Produtor