A organização dos produtores rurais do Paraná, que ocorre há décadas, é um dos pilares para que o Estado seja referência mundial na produção de alimentos. É comum no território paranaense encontrar sindicatos que já passaram dos 50 anos de história de prestação de serviços e defesa dos interesses do campo. Mas se hoje é fácil perceber o quanto das conquistas se deve a essa parceria, na década de 1960 essa máxima ainda não era tão evidente. Mesmo assim, o produtor Edson Bastos, de Guarapuava, na região Centro-Sul, apostou que a filiação ao sindicato rural local renderia bons frutos à propriedade e a todo o setor na região. Deu certo!
“No início cheguei a ser vice-presidente do sindicato e desde aquele tempo fizemos coisas diferenciadas para a época. Um dos exemplos foi a contratação de inseminação artificial para o rebanho leiteiro da região, algo incomum até então. Fazíamos reuniões com produtores para identificar as demandas do campo, sempre destacando a importância do movimento sindical, representativo da classe produtora”, relembra Bastos.
O agronegócio de lá para cá se transformou e levou o Paraná à liderança nacional de produção em diversas culturas e atividades. Mas alguns problemas que afetam os produtores vêm sendo combatidos desde aquela época e exigem mais do que nunca o apoio do sistema sindical. “Nós temos até hoje uma necessidade de sermos entendidos pelo setor urbano, que em grande parte não considera o valor do produtor rural. Não existe essa conscientização da necessidade de convivermos em harmonia, com respeito. Temos que ter a consciência de continuarmos contribuindo voluntariamente com nossas instituições para mantermos a estrutura dos sindicatos, da FAEP e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) que nos representam nos níveis municipal, estadual e federal, em todos os sentidos”, diz o produtor de Guarapuava.
Bastos enfatiza que uma organização efetiva, além de compartilhar as conquistas com todos, também é a base para respostas imediatas a problemas regionais. “As conquistas obtidas pelo sistema sindical são coletivas, contínuas. Mas a organização também foi crucial quando nós tivemos problemas localizados na região. Tivemos uma época de invasões de terras, período no qual foi necessária uma mobilização do sindicato para a defesa da lei e da ordem. E tivemos sucesso na nossa região, graças a união dos produtores foi possível superar essa dificuldade”, recorda.
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Fonte: Sistema FAEP