O órgão regulador dos mercados de capitais da China está investigando o impacto de operações automáticas sobre as bolsas de valores, em um momento em que autoridades intensificam seus esforços para combater aquilo que consideram vendas altamente especulativas que podem desestabilizar a segunda maior economia do mundo.
Os principais mercados acionários da China, ambos entre as cinco maiores bolsas do mundo, perderam cerca de 30 por cento de seu valor desde meados de junho, mas as autoridades têm se esforçado nas últimas três semanas para evitar novas quedas.
Temendo que as turbulências possam respingar sobre a economia, que já vinha esfriando, o Partido Comunista levou o banco central, o banco estatal de financiamentos, bancos comerciais, corretoras, gestores de fundos, seguradoras e fundos de pensão a comprar ações, ou ajudou a financiar suas compras, para sustentar os mercados de Xangai e Shenzhen.
O regulador tem intensificado o escrutínio de operadores de ações e seus clientes, lançando investigações sobre “dumping de ações” e declarando guerra contra “posições vendidas mal intencionadas”.
Ele também está pedindo os históricos de negociações de instituições financeiras em Cingapura e Hong Kong, disseram à Reuters fontes com conhecimento direto do assunto, ampliando a perseguição a investidores vendidos em ações chinesas.
O regulador anunciou nesta sexta-feira que operações automáticas serão o novo foco da investigação, enquanto as ações perderam ainda mais terreno. O índice de Xangai perdeu 1,1 por cento, a 3.664 pontos, acumulando queda de 14,3 por cento no mês, o pior recuo mensal em quase seis anos.
O índice CSI300, que reúne empresas listas em Xangai e Shenzhen conseguiu fechar praticamente estável.
Fonte: Reuters