As projeções que a APINCO efetua a partir do alojamento interno de pintos de corte indicam que o potencial de produção de carne de frango para o mês de outubro passado ficou em 1,110 milhão de toneladas, volume 1,37% inferior ao apontado um ano antes. E como as exportações do mês apresentaram crescimento anual próximo de 16,5%, a oferta interna, projetada em pouco mais de 750 mil toneladas, ficou mais de 8% aquém da que foi estimada para outubro de 2016.
É verdade que, em termos nominais, a oferta interna deste último outubro foi 10,38% superior à registrada no mês anterior. Neste caso, porém, deve-se considerar que o mês tem um dia a mais. Isso levado em conta, a oferta real do mês aumentou menos de 7%.
Com este último resultado, a oferta interna acumulada nos 10 primeiros meses de 2017 – próxima de 7,385 milhões de toneladas – permanece quase 5% aquém da registrada no mesmo período de 2016. Um índice, note-se, não muito diferente do observado no acumulado dos últimos 12 meses, 4,65% menor que o dos 12 meses anteriores.
Como em vezes anteriores, não custa alertar que essas reduções podem ser apenas aparentes, ainda que o volume de pintos de corte produzidos venha sendo inferior. Ou seja: a queda no volume de pintos parece estar sendo neutralizada por uma maior produtividade das linhagens em criação, o que resulta em um volume adicional de carne de frango.
De toda forma, se isso efetivamente ocorreu, não foi suficiente para romper o equilíbrio do mercado, haja vista que em outubro o frango abatido atingiu as melhores cotações do ano (base: ave resfriada comercializada no Grande Atacado da cidade de São Paulo).
Fonte: Avisite