Sandro Rogério Tagliari, produtor rural de Assis Chateaubriand, Oeste do Paraná, foi aluno da primeira turma do curso Manejo Integrado de Pragas (MIP) soja do SENAR-PR, na safra 2016/17. Desde então, passou a aplicar as técnicas que aprendeu na formação nos 192 hectares de grãos cultivados pela família. O resultado é uma economia significativa no uso de insumos. “Na época do curso, separei uma área de 7,2 hectares e já de imediato, como vimos que era muito bom, foi feito em toda a área. Desde então, posso dizer que diminuiu em 50% o número de aplicações de inseticidas. Tive talhões que não precisei de nenhuma aplicação, enquanto tive que aplicar uma única vez. Antigamente, eram mais de três por safra. O MIP representa economia e maior rentabilidade”, lembra.
História parecida tem o agricultor Neilor Mestriner, também de Assis Chateaubriand. Aluno da turma da temporada 2017/18, Mestriner compartilha que rapidamente expandiu o MIP de uma área de 12 hectares para os 96 nos quais cultiva a oleaginosa anualmente. “No ano passado, teve lugar que passamos três vezes inseticida para percevejo e colhemos 54 sacas por hectare. Na área
de MIP, colhemos 64 por hectare. Claro que é outra área, a maior produção não tem necessariamente relação com as aplicações de inseticida. Mas o fato é que economizei por não ter feito na área do MIP e esse rendimento prova que o inseticida, nesse caso, não fez falta. Esse ano, não precisei pulverizar ainda e plantei há mais de 70 dias. Os vizinhos meus que semearam na mesma época já pulverizaram, alguns até duas vezes”, compartilha.
Capacitação
O MIP soja é um curso, promovido pelo SENAR-PR,em parceria com a Emater e Embrapa Soja. A iniciativa tem reduzido os custos de produção com o monitoramento de lavouras e uso racional de agroquímicos para o controle de pragas. Os resultados da formação no Oeste do Paraná foram tema de um seminário em Toledo, no dia 23 de novembro. “O evento comemorou um resultado muito bom, principalmente em relação à redução da aplicação de inseticidas. Isso é um ganho tanto para o produtor, que economiza recursos, quanto para o meio ambiente”, avalia Flaviane Medeiros, técnica do SENAR-PR responsável pelo curso.
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Fonte: Sistema FAEP