Ontem (12), ao divulgar o resultado do mais recente levantamento sobre a produção brasileira de ovos de galinha, o IBGE observou que os números relativos ao terceiro trimestre de 2019 representaram novo recorde do setor.
Não chega a ser novidade. Basta observar o gráfico abaixo, que reproduz a evolução mensal da produção de ovos de galinha desde janeiro de 1987 até setembro de 2019 – portanto, mais de 30 anos.
O gráfico mostra que a evolução da produção tem sido praticamente contínua e, aparentemente, pouco influenciada pelos eventuais momentos de crise.
E se, entre um mês e outro é registrado menor volume de ovos, não foi porque a produção caiu e, sim, porque o mês foi mais curto – de 30, 29 ou até 28 dias, o que faz grande diferença nos resultados do mês já que, normalmente, a galinha produz um ovo por dia.
Mas o fato é que, nesses pouco mais de 30 anos, os números levantados pelo IBGE apontam evolução de cerca de 250% na produção brasileira de ovos. Ou seja: partiu-se de menos de 100 milhões de dúzias mensais no início de 1987 e agora são produzidas mais de 320 milhões de dúzias, média do terceiro trimestre de 2019. O que, feitas as contas, corresponde a um incremento médio próximo de 4% ao ano – índice que foi acelerado após a transformação do ovo de vilão em herói da alimentação.
Não obstante essa constatação, ontem, ao analisar o recorde registrado no terceiro trimestre de 2019, houve quem comentasse que o incremento na produção de ovos foi decorrência da maior exportação de carnes.
Fonte: Avisite