Os produtores rurais e demais integrantes das cadeias produtivas de produtos de origem vegetal do Paraná estão convocados a participar de uma consulta pública promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo é revisar o Decreto 6.268 de 2007, que trata dos parâmetros usados para a inspeção destes produtos, como a soja, milho, trigo, feijão, entre outros. O assunto foi tema da reunião da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas do Sistema FAEP/SENAR-PR, nesta terça-feira (13), realizada de forma remota.
Para participar da consulta pública, aberta até o dia 21 de outubro, clique aqui.
Na reunião, o coordenador-geral de qualidade vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, Hugo Caruso, apontou a criação de uma regra única e mais objetiva como motivo para as mudanças. “Temos a necessidade de deixar claro qual é a base legal que o Brasil possui para exigirmos o cumprimento por todos os envolvidos nas cadeias produtivas. Temos uma série de aspectos que os países importadores dos nossos produtos pedem como pré-requisito e é aí que entra a necessidade dessa readequação”, explicou.
O presidente da CT de Cereais, Fibras e Oleaginosas, José Antônio Borghi, destacou o fato de que entre as mudanças propostas pelo Mapa está o conceito de corresponsabilidade. “A questão da origem é um ponto crucial na nossa atividade. É fato que cada vez mais os consumidores compram não apenas o produto, mas a história do produto. E nesse processo temos que ter alguém que possa bater no peito e dizer: ‘meu produto é desse jeito e eu me responsabilizo por ele’”, salientou.
A técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ana Paula Kowalski, orientou os produtores a participarem da consulta pública, além de começar uma mudança de comportamento nas rotinas no campo. “É preciso observar que vindo essa normativa será cada vez mais importante que os produtores cumpram as exigências e se municiem de informações que comprovem a adoção de boas práticas. Mais do que fazer, é preciso ter comprovações, ter rastreabilidade do seu próprio processo. Se habituem ao processo de monitoramento e autocontrole e comecem a exigir isso dos seus prestadores de serviços”, aconselhou.
Outros assuntos
A reunião da Comissão Técnica também contou com uma fala do presidente da Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), Almir Montecelli, sobre os benefícios que os produtores que apostaram na cultura nos últimos anos têm obtido nas lavouras. Aspectos como custos de produção, produtividade, tecnologias adotadas e rentabilidade foram abordados por Montecelli.
Os produtores rurais também fizeram uma rodada de conjuntura, que tratou de diversos assuntos, como a situação boa que o trigo tem atravessado na colheita até agora. A quebra do milho safrinha também foi mencionada e representa uma preocupação no radar dos produtores. Além disso, questões envolvendo o seguro rural acionado pela quebra na safra de soja de 2021/22 ainda estão sem solução.
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Fonte: Sistema FAEP