A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve crescer 2,2% em 2020 na comparação com o ano anterior – que já atingiu a safra recorde com 241,5 milhões de toneladas. Este ano, a estimativa é que a safra alcance a marca histórica de 246,7 milhões de toneladas.
A soja deve ser responsável por metade do volume produzido em 2020, com 123,3 milhões de toneladas. A estimativa de produção é recorde e representa aumento de 8,7% em relação a 2019.
Recorde de produção e de área plantada com 36,7 milhões de hectares (+2,4%) – a maior já registrada no País, muito em razão dos bons preços da commodity nos últimos meses de 2019, o que incentivou os produtores a investir no cultivo da leguminosa.
Apesar da concorrência da soja, que normalmente apresenta rentabilidade maior, preços mais compensadores, a grande demanda pelo milho, incentivou os produtores a ampliarem os investimentos nas lavouras. A área a ser colhida na primeira safra apresentou aumento de 3,9% e a produção é estimada em 27,01 milhões de toneladas – crescimento de 3,9% na comparação com a temporada passada. Em 2019 foram exportados 43,3 milhões de toneladas um crescimento de 88,5%.
Diferente do ocorrido no ano anterior, no presente ano agrícola, não houve plantio antecipado da soja, o que aumenta os riscos das lavouras de segunda safra, uma vez que restringe a “janela de plantio” do cereal. Contudo, aguarda-se aumento nos investimentos em tecnologia, já que os preços do milho está se mantendo em patamares elevados em decorrência do aumento da demanda pelo cereal. Redução de 7,6% no rendimento médio e uma colheita para a segunda safra de milho em 69,13 milhões de toneladas.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana (no dia 11 de fevereiro).