Os
participantes do Programa Empreendedor Rural (PER) passarão a contar com uma
nova proposta de trabalho em 2020, mais moderna e de acordo com as atualizações
que vêm ocorrendo no campo. Depois de ter sido aplicado em 10 turmas-piloto ao
longo de 2019, o novo PER irá substituir a metodologia anterior. Entre as
principais diferenças está o ATUALIZAÇÃO foco voltado para o núcleo familiar do
participante para futuras tomadas de decisões dos negócios rurais. Dessa forma,
a intenção é propor um diagnóstico dos objetivos dos familiares envolvidos para
promover um plano de negócios que preveja as ações necessárias em direção a
esses propósitos conjuntos.
A nova proposta foi elaborada por especialistas no tema e técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR, Sebrae-PR e Fetaep, que compõem a organização do PER. As novas metodologias contemplam, simultaneamente, três dimensões do aprendizado: elaboração de um plano de negócios, gestão do conhecimento e desenvolvimento humano.
“No início,
trabalhávamos estas competências separadamente, em momentos diferentes do
curso. Depois essas três dimensões passaram a ser trabalhadas conjuntamente.
Agora, além destes elementos, serão trabalhadas as relações entre família,
negócio e patrimônio”, explica Mariana Assolari, técnica do SENAR-PR
responsável pelo programa.
Ao longo de
sua existência, o PER foi responsável por transformar inúmeros sonhos em
negócios. Para o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, a
atualização vem para fomentar ainda mais essa missão. “O novo programa está de
acordo com as mudanças que ocorreram no campo nesses últimos 16 anos, que
tornaram a atividade agropecuária ainda muito mais dinâmica e que exigem uma
atualização constante. Assim teremos, à disposição do campo, um programa muito
mais robusto, atual, com conteúdos alinhados e engajados com a realidade do
agronegócio paranaense, exemplo de eficiência para o mundo”, aponta.
Testado e aprovado
Uma das
turmas-piloto do novo PER, em 2019, ocorreu no Sindicato Rural de Arapoti. O
participante Ronaldo Boone, produtor de hortifrútis na região, destaca o papel
da formação na sua rotina. “Sem informação não vamos a lugar nenhum. O que
conseguimos construir juntos nos encontros, com os debates com os colegas, é
algo que jamais conseguiríamos sozinhos nas nossas propriedades”, diz. “Além de
aprendermos como a colocar as coisas no papel, ainda temos esse intercâmbio que
une produtores de vários setores com diversas visões”, complementa José
Gilberto de Albuquerque, produtor rural na área de bovinocultura de corte e
também participante da turma-piloto.
“Os
produtores são empreendedores por natureza, pois têm uma visão diferenciada da
atividade agropecuária. Percebi que essa nova proposta do PER ajudou muito a
pensarem o futuro, ter essa leitura de negócio e família, saber ver até que
ponto vai a relação das duas no dia a dia. Qualquer mudança na propriedade,
para ser bem-sucedida, precisa envolver a família”, ensina o instrutor da turma
Célio Marques Luciano.
Formato
Com 136 horas
de duração, as turmas do novo PER contam com 17 encontros, sendo uma visita
técnica à propriedade de um ex-participante do programa. Nessa fase, os alunos
conhecem na prática como foi a caminhada deste produtor durante o programa.
Ainda assim, as diretrizes do programa seguem a linha de desenvolver e
estimular o poder pessoal dos empreendedores do agronegócio de forma a ampliar
sua capacidade influenciadora nas transformações da sociedade. Durante este
percurso, os participantes trabalham uma proposta de mudança no seu negócio
rural, com a elaboração de um plano de negócio que devem, ao final, colocar em
prática.
Para Fernando
Curi Peres, autor do Programa Empreendedor Rural e um dos responsáveis pela
reformulação, o novo material trata fundamentalmente da gestão da empresa da
família. “Toda vez que se fala em curso, entende-se um professor que sabe que
vai ensinar e alunos que não sabem que vão aprender. Não é o caso do
Empreendedor Rural”, explica. “O PER não é um mero curso. Afinal, o
participante é o elemento ativo do processo do desenvolvimento do
empreendedorismo rural”, complementa.
A nova proposta do PER vai além do que é a elaboração de um projeto, sendo que o participante chega no programa com boa parte do que quer fazer decidido. “Agora ele precisa saber os objetivos de longo prazo da família, os propósitos, adaptar a empresa ao patrimônio, aos objetivos maiores. Ou seja, o participante precisa desenvolver um plano de negócio atualizando a gestão da empresa alinhado com os objetivos da família”, detalha.
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Fonte: Sistema FAEP