O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, recebeu o Poder360 em seu gabinete na 5ª feira (3.ago.2017), 1 dia depois de Michel Temer conseguir enterrar na Câmara a denúncia da qual era alvo por corrupção passiva. Em entrevista de quase uma hora, disse que as demandas da bancada ruralistas por mais benesses na MP do Funrural são justas. Ele defende que o Congresso altere a MP e que o presidente não vete as mudanças.
O governo editou a medida provisória do Funrural na véspera da votação sobre a denúncia. O texto cria 1 programa com condições privilegiadas para produtores rurais endividados que deixaram de pagar INSS agrícola.
O Planalto queria arrecadar até R$ 10 bilhões com a cobrança de dívidas antigas do Funrural. Com as benesses, a receita cai para R$ 2 bilhões.
- É uma medida justa. São milhares e milhares de agricultores que, se a gente não der 1 refresco a eles, eles quebram – disse o ministro. A FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) já anunciou que irá propor mais benefícios aos produtores por meio de emendas ao texto. Questionado se a bancada tem razão, Maggi responde: – Tem. É muito pesado para as empresas pagarem isso de uma vez só. -
Maggi anunciou que o ministério avalia 1 novo sistema de fiscalização, financiado a partir de 1 fundo com recursos dos produtores. Os frigoríficos teriam de pagar uma taxa para esse fundo de inspeção.
- Eles [produtores] estão dispostos. Estão na mesa sentados com a gente. É melhor pagar e ter o serviço do que não pagar e não ter o serviço. Há esse entendimento – declarou.
Fonte: Poder360