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NOVO DOSADOR DE ADUBO AUMENTA PRODUTIVIDADE EM PELO MENOS 2%

A adubação em suco de linha pode variar até 70% em terrenos com subida e descida, de acordo com a TOPlanting. O problema está na gravidade, que pode dificultar a passagem do insumo pela rosca (helicoidal) dos dosadores presentes nas plantadeiras e semeadeiras. Para reduzir os efeitos de uma das Leis de Newton, a empresa desenvolveu uma peça com rosca dupla, capaz de distribuir o fertilizante de forma mais homogênea.

Em teste realizado pela Universidade de Cruz Alta (Unicruz), com condições iguais para todos os dosadores, a variação em aclive dos concorrentes chegou a 40,3% enquanto a TOPlanting teve índice de 1,9%. Na declive, a diferença foi de até 50,6% contra 5%.

“Cada helicoidal leva 50% do adubo para cado lado, sincronizados. Então quando inclinar um vai trazer mais e o outro menos, compensando e equilibrando a gravidade. Os tradicionais, como só tem uma rosca, no aclive aplicam mais por conta do peso e granulometria do adubo – ele escorre – e no declive, menos, ela está no mesmo sentido e tem que trazer o fertilizante para cima, então arrasta menos adubo”, afirma Rubens Moura, gerente comercial da empresa.

Além disso, a tecnologia também elimina a distribuição por pulsos e distribuir em fluxo contínuo, que tem segundos de espaçamento e também afetam a oferta de adubo para as plantas igualmente.

“Nosso nível de pulsação é próximo de zero”, comenta.

Quem passa pelo estande da Vence Tudo, na 21ª Expodireto Cotrijal, pode conferir de perto uma demonstração da peça. A marca é uma das que já embarcaram a peça em suas máquinas.

O produtor Elmiro Queiroz assistiu à demonstração e ficou animado com a descoberta. Ele cultiva soja, milho, algodão e feijão, em Unaí (MG).

“Nunca tinha pensado sobre isso, nota 10 para quem pensou. Nutrição e distribuição uniforme de fertilizantes é o primeiro passo”, diz.

O que isso representa?
Os testes realizados pela TOPlanting mostraram ganhos de pelo menos 2% na produtividade devido à melhor distribuição de adubo.

“A lógica é: se consigo alimentar todas as plantas por igual, elas terão uma produtividade melhor que as que acabam tendo menos fertilizante”, comenta.

Maurício De Bortoli, bicampeão nacional do Desafio de Máxima Produtividade de Soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), participou dos primeiros testes da tecnologia.

“A gente foi para campo medir, fizemos testes em nível, declive e aclive e notamos que realmente entregava muito mais uniformidade. Em três safras, a produtividade aumentou de 4% a 6%. Hoje, quanto melhor você arranja o fertilizante no metro linear, mais possibilita que as raízes dessas plantas acessem o produto”, diz.

Fonte: Canal Rural



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