O administrador e especialista em processos gerenciais Jefferson Coriteac, de 43 anos, é, a partir da portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18), o novo titular da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead). José Ricardo Ramos Roseno, que ocupava o cargo, foi nomeado como secretário adjunto da pasta.
Coriteac tem vasta experiência em gestão e na atuação sindical. Em 1994, iniciou sua trajetória sindicalista. Foi ativista, delegado sindical e, em 2000, foi eleito diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. No movimento sindical, teve a oportunidade de conhecer de perto o público jovem. Foi secretário nacional de juventude da Força Sindical, presidente de movimento de juventude do PDT e presidente do Comitê Mundial de Jovens da Confederação Internacional de Sindicatos, que tem base em Bruxelas, na Bélgica.
Em suas atuações, Jefferson Coriteac tratou, também, com movimentos sociais e associações. Na administração pública, antes de vir para Brasília, atuava como chefe de gabinete da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do governo de São Paulo. Hoje, ocupa a cadeira de 2º secretário do Sindicato e é presidente do Conselho Fiscal da Força Sindical, cargos dos quais se encontra afastado desde que havia assumido o posto de secretário adjunto da Sead, há cerca de um ano.
Casado e pai de dois filhos, é formado em administração de empresas com especialização em processos gerenciais. Ele estudou também administração pública na Escola de Governo da Universidade de São Paulo (USP), por dois anos.
- Espero contribuir com as mudanças pelas quais o país passa neste momento e estamos desenhando novas políticas para a Sead. São projetos para quem está no campo. Ações efetivas que vão dar títulos de terra para pessoas que esperam por esses documentos há tempos. Nossa prioridade é desenvolver ações para beneficiar quem mais necessita – detalha o secretário.
Para Coriteac, a agricultura familiar precisa ser mais reconhecida.
- O investimento e o reconhecimento têm de ser muito maiores. Esses atores do campo, da água e da floresta produzem cerca de 70% do que vai para a mesa dos brasileiros. São essenciais para o desenvolvimento da agricultura e para a promoção da segurança alimentar do país. –
O secretário acrescenta, ainda, que o investimento no crescimento da agricultura familiar potencializa a geração de empregos no campo e melhora a qualidade de vida daqueles que produzem para todos nós.
A Sead
A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) é o órgão do Governo Federal responsável por manter e aprimorar as políticas públicas destinadas à promoção da agricultura familiar brasileira. Criado em maio de 2016, o órgão incorporou as atribuições do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), assim como a permanência dos programas destinados ao setor, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os mercados de compras institucionais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Atualmente, uma das prioridades da Sead é universalizar os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para todos os agricultores familiares do Brasil. Segundo dados do Censo Agropecuário, a rentabilidade por hectare para o agricultor familiar que tem assistência técnica continuada é de até quatro vezes mais do que aquele agricultor que não recebe esse atendimento, o que comprova a importância da Ater para a agricultura familiar. A universalização da Ater também resultará no aumento da produção de alimentos e, consequentemente, no aumento da qualidade de vida e da renda do produtor familiar.
A agricultura familiar é um segmento estratégico para o desenvolvimento do Brasil. O setor se destaca por produzir alimentos de consumo interno, especialmente os que têm maior participação nos índices de inflação. Segundo os dados mais recentes do IBGE, cerca de 70% dos alimentos consumidos no país são produzidos pela agricultura familiar, que responde, ainda, por 38% da renda agropecuária e por quase 75% da mão de obra do campo.
Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário
Imagem créditos: Paulo H. Carvalho/Ascom Sead