O Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Embrapa, desenvolveu uma nanotecnologia capaz de incrementar a produtividade das plantas, aumentar o valor nutritivo dos alimentos, reduzir o uso de defensivos agrícolas e tornar a lavoura menos vulnerável à seca e a pragas.
A substância Krill A32, um biofertilizante à base de carbono, luminescente, está em fase de depósito de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
O nome Krill é referência a pequenos crustáceos (de 1 a 2 cm) que servem como alimento a diversas espécies marinhas, inclusive baleias, e são fundamentais para a manutenção dos ecossistemas nos oceanos. A nanotecnologia manipula matérias de tamanho de átomos e moléculas de 1 e 1.000 nanômetros, só verificáveis por meio de equipamentos especiais.
Como possibilita o crescimento rápido das plantas, o nanocomposto poderá ser utilizada na recuperação de áreas degradadas, no manejo florestal para produção de madeiras e celulose, na intensificação da atividade agrícola – sem a necessidade de aumentar áreas plantadas e diminuir as florestas.
O nanocomposto, que é atóxico, pode ser aplicado nas raízes e nas folhas das plantas. Os testes mais avançados são com folhagem. Foram estudadas a aplicação com alface, algodão, alho, arroz, cacau, milho, soja e tomate. Como a substância é luminescente, é possível rastrear nos alimentos a sua absorção.
Fonte: Canal Rural