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NOVAS REGRAS PARA IMPORTAÇÃO DE FRUTAS

A União Europeia determinou novas regras fitossanitárias para a importação de frutas no Brasil e elas estarão válidas a partir de 1º de setembro deste ano, conforme informou a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri).

A Seagri participou, no mês de junho, de uma reunião conjunta da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), onde foram divulgadas essas novas regras.

Para proteger a Europa de pragas, os países vão exigir dos fruticultores o atendimento a uma série de regras, entre elas, o monitoramento obrigatório para o controle da mosca-das-frutas.

O secretário da pasta na Bahia, Lucas Costa, informou que países como o Equador, Peru e Colômbia estão exportando mais frutas do que o Brasil porque, nestes países, a metodologia do Sítio Livres de Pragas foi implantada em quase a totalidade dos territórios frutícolas.

No Brasil, Pernambuco e Bahia são os maiores estados produtores de frutas. O monitoramento é uma ferramenta de controle que mostrará ao comprador e ao país importador que está comprando uma fruta livre de contaminação.

Assegura, ainda, que nenhuma doença “entre” em outros países. Para continuar competitivo, tanto no mercado interno quanto externo, o Brasil deve se adequar.

Como estratégia para estimular o produtor a investir no monitoramento da praga, o secretário, que também é vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Agricultura do Nordeste (Conseagri), se reuniu com os superintendentes do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste para vincularem a concessão do crédito agrícola do Plano Safra 2019/2020 aos produtores que comprovarem o monitoramento obrigatório da mosca-das-frutas e outras doenças.

Métodos de controle
Na reunião, o diretor-presidente da biofábrica Moscamed, vinculada à Seagri, Jair Virgínio, apresentou o projeto de controle da mosca-das-frutas através do inseto estéril, utilizado na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, em Juazeiro, como alternativa sustentável e eficaz de manter a doença sob controle.

Segundo ele, a Moscamed possui a capacidade de criar, em laboratório, 200 milhões de insetos machos estéreis por semana, como forma de impedir a reprodução das moscas causadoras da doença, reduzindo, assim, a incidência das pragas e o uso de agrotóxicos.

Outra medida para fortalecer a fruticultura nacional foi o debate sobre a necessidade da criação de um fundo gestor para aportar recursos no Programa de Controle de Moscas-das-Frutas, com especial atenção para a prevenção e controle à Mosca da Carambola, já presente no Norte do Brasil.

Foram discutidos também o Plano Nacional da Fruticultura da CNA e as possibilidades de novas rotas de exportação para a fruticultura nacional.

Na reunião ainda foram discutidos os avanços do grupo de trabalho Minor Crops Brasil, que debate o registro de defensivos para pequenas culturas; as atualizações do programa de rastreabilidade Agritrace Vegetal; e a implantação da nova versão do sistema de gerenciamento de trânsito internacional de produtos e insumos agropecuários, que pretende otimizar o trâmite para emissão de certificados fitossanitários para exportação.

A próxima reunião está agendada para a primeira quinzena de dezembro deste ano.

Fonte: G1



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